quinta-feira, 30 de maio de 2013

Por Que os Judeus usam um Candelabro de 9 Braços?




Ele deriva da Menorah, um candelabro com sete braços representando os sete dias da criação do mundo, e surgiu para celebrar uma importante vitória do povo judeu, além de um suposto milagre.


A história começa no século 2 a.C., quando os selêucidas – dinastia de origem grega que dominava parte da Ásia na época – tomaram e pilharam um templo judaico em Jerusalém. 


Só no ano 165 a.C., finalmente, os judeus conseguiram expulsá-los.


Quando o Templo Sagrado foi reconquistado, encontraram um único cântaro de óleo puro inviolado, que seria suficiente par manter acesa a Menorah durante apenas um dia. Milagrosamente, o óleo durou oito dias.

Para comemorar, os judeus criaram o feriado de Chanuká, ou Festa das Luzes, que ocorre em novembro ou dezembro, dependendo do mês lunar.


Oito dos nove braços do candelabro usado durante esse período de celebração correspondem aos oito dias do feriado.


No nono braço, coloca-se o shamash, uma vela auxiliar com a qual se acendem as outras.


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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Força Negra Subestimada - Parte 2


Na Umbanda, a imagem do preto velho, um dos espíritos-guia, é carregada de sentidos positivos, como experiências e humildade. 

Catolicismo Afro

A incorporação dos negros às religiões cristãs, contudo, não foi passiva: eles levaram para os templos sua liturgia animada e viva. As crenças afro são as religiões de festa, de extravasamento. 


Foram elas que fizeram as celebrações do Catolicismo popular muito mais alegre do que era em sua origem. 


Existem hoje 55 milhões de negros católicos - e nenhum Arcebispo, o posto mais alto da hierarquia. É comum chegarem pessoas perguntando onde está o pároco, quando na verdade ali, trabalham membros negros. Ainda há aqueles que, quando o padre negro entra na igreja, saem da missa. 


Em 1988, cenário da abolição da escravatura no Brasil, alguns padres negros participaram da Campanha da Fraternidade da CNBB, que tinha como título "Ouvi o Clamor deste Povo", em alusão às mazelas dos negros.


Apenas dez anos depois, em 1998, a pastoral Afro foi efetivamente criada e, no ano 2000, oficializada. É um espaço de ação e de conscientização da Igreja e da sociedade, um tanto lenta, para a realidade da popularização afro-brasileira. 

(São Carlos de Lwanga e companheiros)

A pastoral ainda não conseguiu reverter a presença irrisória de negros nos altos escalões católicos. O grupo de santos negros também é pequeno: São Benedito, Santo Antonio do Categeró, Carlos Lwanga, Santa Bakita, São Martinho de Lima e outros 21 mártires que lutaram com ele no Peru.  

(Nhá Chica, santa católica negra em espera do processo de beatificação)

Estão em processo de beatificação alguns ícones negros do Brasil, como Dom Silvério Pimenta, o primeiro bispo negro do País, e Francisca de Paula de Jesus Isabel, a Nhá Chica, a quem são atribuídos milagres. 
(Silvério Pimenta, primeiro bispo negro do Brasil)

Se a pastoral ainda engatinha, os movimentos negros católicos já deram os primeiros passos. Em janeiro de 2005, ocorreu o IV Congresso Nacional das entidades Negras Católicas, durante o fórum Social Mundial, em Porto Alegre.


Os movimentos negros no Brasil têm como característica importante a resistência. Com base na experiência da luta, descobrem uma nova imagem de Deus que caminha, canta, dança, participa, e o Deus da resistência. Por isso, assumir a negritude constitui um elemento essencial da espiritualidade de luta e de libertação. 

Evangelismo Negro

A tradição festiva dos negros encontrou terreno fértil nos cultos pentecostais - considerando apenas as denominações desse tipo, são 49% de fiéis negros. 


Religiões com tradições muito ligadas à pregação e à meditação silenciosa são em princípio menos afins à herança cultural africana. 

Por outro lado, aquelas que têm tradições ligadas à música, à dança, ao transe e ao uso de expressões corporais são mais afins da cultura afro.

Há uma africanidade na Igreja Pentecostal. É uma liturgia muito parecida com a do Candomblé, onde se utilizam o corpo e uma musicalidade com ritmos de percussão.


Pode ser estranho isso, mas um dos fundadores de uma das mais importantes denominações evangélicas no Brasil, a Assembléia de Deus, era um norte-americano negro. 

(Afro-descendente norte-americano William Seymour, Fundador da Assembléia de Deus no Brasil)

A linguagem acessível e o desbravamento do interior do País, tornaram as igrejas pentecostais atraentes para os negros. Quando os pentecostais chegaram, foram para o lugar onde havia mais carência de religião, o Norte. 


Continua...


quinta-feira, 16 de maio de 2013

Quem são os Crentes?


Homens de terno escuro levando uma Bíblia debaixo do braço e mulheres de cabelos longos e saia na altura do joelho. 

É esta a imagem que muitos têm dos crentes, colocando no mesmo balaio todos os cristãos que não são católicos. Porém, além de nem todos corresponderem a esse estereótipo, os crentes são apenas uma parte dos evangélicos - o termo refere-se exclusivamente aos pentecostais e neopentecostais, e não às demais linhas protestantes, considerada históricas. 


O movimento pentencostal surgiu no Brasil no início do século 20, trazido por missionários dos Estados Unidos, onde nascera em 1906, e baseia-se na crença de que o Espírito Santo continua a operar milagres na Terra - o nome vem de Pentecostes, festa em celebração à descida do Espírito Santo sobre os apóstolos, que ocorreu num encontro judaico naquela época. 

(Primeira Igreja Pentecostal nos Estados Unidos)

O aspecto central do culto crente é o exorcismo de possíveis demônios dos fiéis, sobretudo para curar doenças e solucionar problemas financeiros. 


Os pentecostais creem que a principal missão do cristão na Terra é combater o diabo que impede a conversão e a prosperidade. 

Em geral, o fazem de forma ardorosa. Foi justamente o intenso fervor com que os primeiros crentes demonstravam sua fé que levou outros grupos religiosos norte-americanos a denominá-los de belivers - cuja tradução (crentes) passou também a ser usada em terras brasileiras. 

(Os belivers americanos)

Mas o apelo "crente" é aplicado muitas vezes de forma pejorativa, como reprovação das rígidas normas de conduta dos adeptos. Entre elas, por exemplo, está a proibição de beber e dançar, pois seriam práticas condenadas pela Bíblia. 


Com a difusão do Neopentocostalismo, contudo, a partir dos anos 50 as regras de comportamento foram amenizadas, e hoje a maioria dos crentes não tem nada a ver com o esterótipo do jovem certinho. 


Desde roqueiros até moças ostentando tatuagens, os crentes passaram a contar com igrejas adaptadas à linguagem do fiel, como no caso da Igreja Bola de Neve, fundada por atletas.


Os Muitos Evangélicos

Conheça a diferença entre as linhas cristãs não-católicas. 

Protestantes Históricos

Engloba as diversas linhas nascidas das doutrinas dos primeiros contestadores do Catolicismo, como luteranos, calvinistas e anglicanos. 

Consideram a Bíblia a única escritura sagrada, e não reverenciam santos e imagens.

Ex: Igreja Luterana do Brasil.

Pentecostais

Influenciados por batistas e metodistas, creem na presença do Espírito Santo para operar milagres na Terra. 

Mulheres não cortam o cabelo e homens não se barbeiam. 

A vida plena, porém, acontece apena no Céu.

Ex: Congregação Cristã no Brasil.

Neopentecostais

Seguem a Teologia da Prosperidade, pela qual o crente recebe as graças de Deus ainda nesta vida, numa espécie de paraíso terrestre. 

As igrejas são mais liberais, com o uso de música pop e uma linguagem adaptada a cada tipo de fiel.

Ex: Igreja Universal do Reino de Deus. 


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domingo, 12 de maio de 2013

Força Negra Subestimada - Parte 1


Os negros são presença forte nas igrejas cristãs. Porém, essa participação não se reflete nos postos altos da hierarquia dos templos. Além disso, é comum que tradições de origem africana sejam barradas nos rituais. Por quê?


Desde 20 de novembro de 1971 é comemorado no Brasil o dia Nacional da Consciência Negra e lembra-se os mais de 310 anos da morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. 



(Zumbi)


Gradativamente, o movimento negro vem contabilizando conquistas importantes, como a política de cotas adotada em vestibulares de algumas universidades federais e estaduais. Agora, porém, a questão racial começa a desbravar uma nova esfera: a religião. 

"Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher, pois todos são um em Cristo Jesus".



O trecho bíblico, extraído da Carta de Paulo aos Gálatas, é repetido em púlpitos e altares, mas a prática mostra uma realidade distante desse princípio. 

Ainda há casos de padres católicos negros preteridos na hora de celebrar casamentos de brancos e, pastores que demonizam as tradições africanas em cultos neopentocostais. Os ambientes sagrados não estão livres do preconceito racial. 




Os preceitos de igualdade e de amor ao próximo, que deveriam pautar as condutas religiosas, muita vezes ficam apenas nas pregações inflamadas dos templos. É evidente que há um abismo entre o discurso e a prática da religião. 

Isso ocorre porque as comunidades religiosas não deixam de ser um reflexo da sociedade brasileira, marcada por um racismo sutil e camuflado.


Um exemplo: a presença de lideranças religiosa negras ainda é pouco significativa no Brasil.

Na Igreja Católica, há apenas oito bispos (num universo de cerca de 400) e 550 padres negros (de um total de 14 mil), segundo dados da Pastoral Afro da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

                                        (Encontro dos Bispos Negros do Brasil da CNBB em 2012)

Em outras igrejas cristãs a situação não é diferente, apesar de não haver dados numéricos totalizados. Dentre as evangélicas, apenas a Metodista possui uma organização dedicada ao assunto: a Pastoral de Combate ao Racismo. Presidentes e vice-presidentes negros de denominações evangélicas são exceções, não regra. Isso não reflete a proporção dos fiéis.



Raízes do Candomblé

De acordo com o censo demográfico de 2005 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a maior proporção de negros (somando aqueles que se declararam pretos e pardos) está no Candomblé, totalizando 60% dos fiéis.



Em seguida, com 45%, aparece a Igreja Evangélica e, com 44%, empatam a Igreja Católica e a Umbanda. Os números absolutos mostram que, ao contrário do que pensa o senso comum, a maioria dos negros não está nas religiões de matriz africana.


Somados, candomblecistas e umbandistas negros não passam de 252 mil, contra um multidão de 67 milhões de cristãos de cor parda ou negra. 



Mas nem sempre foi assim...


Na chegada dos africanos ao Brasil, durante o período colonial, o quadro era inverso. No início, o Candomblé era uma das principais referências culturais para o negro, guardando as representações simbólicas de sua sociedade e de sua antiga vida.


A manutenção da religião - e da cultura negra - não foi tarefa fácil. Houve uma repressão violenta aos cultos afro-brasileiros, tanto da Igreja Católica quanto da sociedade em geral, que criou um estigma contra essas religiões.



Até o século 19, a Igreja Católica não aceitava negros, mestiços e índios como padres ou religiosos. No século 20, os ataques continuaram até 1968, quando o Concílio do Vaticano abriu uma fresta de tolerância para a religiosidade negra.




A igreja cristã precisa fazer um mea-culpa, admitindo que contribuiu para a opressão dos escravos africanos. Podemos dizer que houve, no passado, uma espécie de racismo explícito contra a cultura e religião negras.



A perseguição aos cultos foi decisiva na dispersão dos negros, mas havia ainda outro problema: o custo dos trabalhos.



O Candomblé é uma religião cara, demanda tempo e investimento em rituais, que usam muitos elementos litúrgicos e exigem dinheiro. O afastamento da maioria dos negros de essência africana encarou um estágio intermediário na Umbanda, em que o sincretismo das influências espíritas e católicas, com toques afro, permitia agradar brancos e negros. 





Continua...


quinta-feira, 2 de maio de 2013

O que é Aura?


Pode se tratar de Jesus, de Buda ou do deus hindu da criação, Brahma: não importa.

Muitas das representações desses e de outros mestres espirituais, em diferentes religiões, têm algo em comum: eles são retratados com uma espécie de luz dourada em volta do corpo ou da cabeça - a aura. 


Essa energia luminosa, porém, tem funções diferentes nos credos em que aparece: Representa a ligação com Deus, para os cristãos; a força vital de quem buca a iluminação, para hindus e budistas; e o estado emocional da alma, para os espíritas. 

A concepção acerca de quem possui ou não uma aura também varia entre as crenças. 

No Cristianismo, apenas aqueles que já atingiram a integração com o Supremo, como os santos, apresentam um halo luminoso em torno da cabeça, chamado de auréola. 


É a indicação física daqueles que estão na luz de Deus.

Já para o Hinduísmo, o Budismo e o Espiritismo, todo ser humano possui uma aura, que muda diversas vezes durante a vida, de acordo com o comportamento de cada um. 


É um fenômeno corpo-alma que se manifesta dependendo das atitudes da pessoa.

Ao se cultivar ações positivas, o campo de luz cresce. Por outro lado, quando a pessoa desenvolve atitudes e pensamentos prejudiciais, a luminosidade vai desaparecendo. 


Buda foi identificado como um ser iluminado, pois dedicou-se ao bem do próximo, estando envolto num círculo de força positiva. 

Os espíritas creem ainda que a aura pode apresentar cores diferentes, de acordo com o ânimo individual. 


As claras demonstram uma disposição positiva, enquanto as escuras, uma condição depressiva. 

E esse estado pode ser influenciado até por fatore externos. 

Espíritos de pessoas desencarnadas ou mesmo o campo magnético terrestre, por exemplo, têm o poder de alterar a aura de alguém.

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Aranel Ithil Dior. Tecnologia do Blogger.

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