sábado, 28 de março de 2015

Deus, o Grande Mistério do Ser Humano - Parte 4

(As ruínas da cidade de Babilônia estão sendo ameaçadas pela guerra e pelo novo crescimento industrial e habitacional de Bagdá.)

(Os Jardins Suspensos da Babilônia, reconstituição artística, umas das maravilhas do mundo antigo, e pertencia a Nabucodonossor.)

O abandono dos deuses pagãos em favor do monoteísmo instaurado pelos judeus, quando estavam exilados na Babilônia, não se deu de um dia para outro nem ocorreu de forma tão tranquila quanto se pensa.

(Apesar de acreditarmos que o exílio dos Judeus na Babilônia foi algo sofrido, na verdade, ali houve um grande desenvolvimento do povo, em sua cultura e teologia. Foi ali que os primeiros livros foram de fato compilados com a história e teologia do povo. Também foi ali que a Cabala, a parte mística da teologia judaica surgiu em escritos e nos ensinamentos de veneráveis rabinos; a formação das primeiras sinagogas foram formatadas ali; e, a forma bancária financeira que conhecemos hoje, a qual os templários também utilizaram na Idade Média, germinou em terras babilônicas.) 

Para entender o monoteísmo de Israel, é preciso compreender seu contexto histórico-social, porque não se pode fazer uma leitura ao pé da letra do Velho Testamento. Ao afirmar que Deus era único e poderoso tentava-se na realidade enfatizar que os judeus eram uma raça única e pura.

Javé nasceu para manter essa sociedade tribal igualitária e acabar com os deuses e deusas antigos. 

(Um poste ídolo em honra à Aserá, contraparte feminina de Jeová, no entanto, renegada pelos rabinos após o exílio da Babilônia e nas compilações dos livros do Velho Testamento.)

(Deus Baal, antiga representação de Jeová, mas por motivos de confusão e dificuldade na doutrinação dos novos judeus, essa representação foi demonizada e banida. Mas era assim, nos tempos dos Juízes e Profetas que o Deus judaico era visto pelos seus crentes.)

A mudança para o monoteísmo foi brusca, porque o grupo que determina o Deus único tem o controle econômico na sociedade ligada à agricultura. O Deus único não se sobressaiu dos demais naturalmente, mas por processos de invasões e colonizações. 

(Este documentário do Canal History exemplifica muito bem como foi a conquista dos povos cananeus sob a égide de um novo Deus.)

O texto bíblico retrata esse momento mostrando Javé como um Deus ciumento, porque vivia em competição com outras divindades locais.

A organização de um novo regime político e econômico exige a institucionalização da prática religiosa, porque o projeto monárquico não se conecta bem com pluralismo. 

As Faces Divinas nas Escrituras

Deus é um protagonista de sucesso das Escrituras Sagradas...

(A Sefer Torah é um grande pergaminho que contém os 5 primeiros livros da Bíblia, ou o Pentateuco, como os primeiros cristãos romanos o denominaram. Ali se encontram os livros de Gênesis, Êxodo, Números, Eclesiastes e Deuteronômio escritos por Moisés, como a tradição ensina. No entanto, arqueologicamente falando, apenas os 4 primeiros livros são atribuídos a Moisés sendo que Deutorônomio seu provável escritor foi Josué, o primeiro Juiz após a morte do líder. Apenas os homens da sinagoga podem manusear a Sefer Torah e não pode ser lido sem que a cabeça esteja coberta ou tocar com os dedos em suas letras, pois a Cabala ensina que as Letras são tão sagradas quanto o próprio Deus, pois Ele as proferiu.)

Há mais de 2 mil anos, vem sendo lido por pessoas que querem assimilar o máximo de sua influência. O Deus da Torá é um legislador que trouxe as leis civis dotadas na sociedade por meio de Moisés.

(Um longa metragem americano de Dez/1998 em forma de desenho adaptando a história bíblica da vida de Moisés. Um dos momentos mais interessantes é a Sarça Ardente, um dos poucos momentos bíblicos em que Deus se permite reencarnar numa forma física. Ali as vozes, feminina e masculina, nos dão uma ideia não apenas da pluralidade de Deus, mas que sua unicidade é de duas naturezas.)

O do Novo Testamento é mais voltado à causa dos pobres. Ao longo do relato bíblico, Deus apresenta diversas personalidades, conforme as influências políticas e históricas do período em que  texto foi escrito. 

(Deus no Éden é uma presença nivelada ao do ser humano. Ele conversa, aconselha e percebe as necessidades de suas criaturas.)

No livro Gênesis, por exemplo, é o generoso criador do céu e da terra, mas manifesta seu lado punitivo quando Adão e Eva o desobedecem. Interfere nas lutas territoriais, mostra-se inacessível, revela-se em milagres, é protetor.

(O Arco de Tito que mostra o saque do Templo de Israel levando ali a Arca e os tesouros internos do Santíssimo Lugar. As III, VII e VIII legiões romanas foram irresistíveis aos judeus sem armamento bélico ou conhecimento militar devido ao domínio romano.) 

Depois do ano 70 da Era Cristã, quando os romanos reprimiram uma revolta judaica saqueando Jerusalém e destruindo o segundo Templo, o Judaísmo transformou-se definitivamente numa religião de exilados. 

(O Talmud é um livro tão sagrado quanto a Torá, pois contém os discursos e ensinamentos dos veneráveis rabinos dos tempos bíblicos. É dividido em duas partes como a Bíblia chamados de Mishná e Guemará. Ali se encontram todas as leis de forma minuciosa quanto a conduta e ética judaicas.)

A tradição do Talmude, desenvolvida por sábios rabinos e compilada nos séculos 4 e 5, surgiu para cultivar o senso de que Deus continuava entre os fiéis. É quando se estabelece a noção de Shekiná - ou seja, a presença de Deus na Terra. 

O Novo Testamento dá continuidade a essa ideia. Jesus retoma a religiosidade não oficial das aldeias de seu tempo, trazendo um Deus da partilha. 

(Robert Powell em 1977 deu vida e rosto a Jesus no filme de Franco Zefirelle, Jesus de Nazaré. Powell ficou tão impactado com a vida do Messias judeu que nunca mais quis fazer nenhum outro trabalho de atuação.)

(Robert Powell, atualmente. Um dos rostos mais famosos que performaram Jesus Cristo.)

Cristo tem caráter divino e humano ao mesmo tempo. Prega o amor e protege os excluídos, revelando a face afetuosa e amiga de Deus. Com a figura de Jesus, Deus pela primeira vez, deixa de ter apenas um caráter mítico para se tornar histórico. 

Para os cristãos, Jesus é o Messias enviado por Deus e, ao mesmo tempo, a segunda figura divina na Santíssima Trindade.

(Uma das poucas representações de Maomé que aparece seu rosto, o qual nunca deve ser mostrado. Aqui ele se encontra em Meca ensinando o Alcorão aos árabes.)

O islamismo apareceria 700 anos depois de Cristo, com o profeta Muhammad (Maomé), que, segundo os muçulmanos, recebeu o Corão diretamente de Deus. 

No livro sagrado do Islã, Allah é a origem de todas as qualidades positivas do universo. É o al-Halim, o mais clemente, mas também al-Khafid, o que rebaixa, entre outras denominações que expressam seus atributos infinitos. 

(Alcorão ou Corão é o livro sagrado dos mulçumanos. Ali encontramos histórias e personagens bíblicos recontados sob novas referências. Arqueologicamente falando, não podemos considerar esses relatos dos personagens bíblicos no Alcorão como válidos, afinal, esses relatos surgiram bem anteriormente ao da sua criação, podendo conter algumas corruptelas como teólogos asseveram, mas é interessante num contexto cultural de apreensão de uma teologia.)

"Eu [Allah] era um tesouro oculto e amei ser escolhido, então criei os universos", diz um texto do Hadith, a coleção de ditos, ações e exemplos do profeta Muhammad.

Os 124 mil profetas que vieram ao mundo desde Adão são tidos como amigos de Allah e funcionam como canais de comunicação entre o divino e o humano. 



Continua...


sexta-feira, 20 de março de 2015

Pirâmides emitem Energia?

(As pirâmides do Egito, até hoje, causam alvoroço em várias disciplinas científicas para podermos entendê-las e conceituá-las.)

Os cientistas afirmam que não, mas os radiestesistas que estudam a ação dos campos eletromagnéticos e telúricos do planeta, garantem que sim.

(Antoine Bovis, arqueólogo, foi um dos primeiros cientistas a estudar a radiestesia como uma disciplina científica em 1930. Ficou fascinado ao verificar o estado de preservação de várias múmias e conceituou que esse estado se devia ao que os egípcios falavam: Era o poder das pirâmides.)

Para a radiestesia, a forma piramidal tem o poder de catalisar a força vital - um tipo de energia não conhecida pela ciência, mas que faz parte do conhecimento de antigas tradições, como a da China, Índia ou Egito.

(Um clássico literário de qualquer estudante sobre o misticismo. Este livro pode não impressionar pela capa, mas o conteúdo é muito importante para aqueles que buscam entender mais sobre os poderes eletromagnéticos das formas geométricas. Bill Schull e Ed Pettit  dois cientistas americanos elaboraram este relatório, em forma de livro, entregue ao Pentágono nos Estados Unidos na década de 70 relatando o poder da forma piramidal na vida das plantas e sistemas celulares. As descobertas são fascinantes!)

No geral, as pirâmides apresentam duas propriedades básicas: elas ativam o crescimento harmônico dos organismos vivos e evitam a deterioração dos organismos mortos.

Um copo de leite debaixo de uma pirâmide não estraga. Primeiro, vira coalhada e, depois, queijo. 

(Bóris Vern, diretor do Centro de Pesquisas sobre Pirâmides, averiguou e confirmou as experiências de Bill e Ed.)

Plantas também ficam mais viçosas quando submetida à energia das pirâmides. Para que isso aconteça é preciso que a pirâmide utilizada tenha as mesmas medidas (ou seus múltiplos) da base e da altura da pirâmide de Quéops, construída no Egito há 4.500 anos. 

(Os autores Bill Kerrell e Kathy Goggin, chegaram a outras conclusões ainda mais interessantes: As pirâmides afetam os padrões cerebrais em pessoas que estejam embaixo de uma estrutura piramidal.)

Isto é, as medidas devem respeitar a mesma proporção - por exemplo, 20 centímetros de base por 1,6 de altura. 

(Karel Dbrl, engenheiro de rádio e TV tcheco, colocou em prática as experiências de Antoine Bovis descobriu que os equipamentos eletrônicos interagem seus circuitos com mais rapidez e velocidade sob uma pirâmide. A umidade, algo prejudicial aos eletrônicos, não ocorre em equipamentos dentro da estrutura piramidal.)

É preciso também que ela esteja direcionada com uma das faces para o norte magnético do planeta. Só assim, a pirâmide irá funcionar como um catalisador de energia vital. 

(Dr. Ulises Sosa Salinas, médico cubano, surpreendeu o mundo quando relatou a cura de uma paciente de 6 anos com cisto ósseo decorrente de uma fratura que não se solidificava. O tratamento durou 3 meses. Hoje ele tem uma grande lista de pacientes tratados com o poder das pirâmides e palestra pelo mundo a fora.)

Nos anos 80 e início dos 90 muitas pessoas apostaram na energia das Pirâmides usando em forma de pingentes sobre o peito ou trazendo para dentro de casa ou fora dela, na forma de cúpulas solares.


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Referência Bibliográfica

Radiestesia Clássica e Cabalística, de Antonio Rodrigues, ed. Fábrica das Letras, 2005.


sexta-feira, 13 de março de 2015

Deus, o Grande Mistério do Ser Humano - Parte 3

(Afresco de Cima de Conegliano intitulado Deus Pai.)

A crença no Deus único foi introduzida por Abraão, o primeiro dos patriarcas bíblicos, modelo de fé para judeus, cristãos e muçulmanos.

Ele acreditou em Javé, o Deus invisível e onipresente, que lhe prometeu terras e uma descendência numerosa e com Ele selou duas alianças.

(Filme Abraão do cineasta Soren Kierkegaard que se concentra na dinâmica entre pai e filho de Abraão e Isaac.)

Sua história aparece no Gênesis, o primeiro livro bíblico, no Talmude (livro de tradição oral judaica) e no Corão. 

Mesmo com algumas diferenças, o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo vivem intensamente a noção de Deus supremo. Os judeus não pronunciam seu nome, por ser sagrado, e os muçulmanos não podem representá-lo porque está além de nossa compreensão.

No imaginário cristão, Deus chegou a ser caracterizado na figura de um velho sábio em pinturas de igrejas do mundo todo, como os famosos afrescos de Michelangelo, na Capela Sistina, em Roma.

(Adão e Deus, afresco de Michelangelo na capela Sistina em Roma. O toque entre o homem e Deus que não acontece. O pintor retrata que o ser humano precisa de muito pouco para se conectar com sua espiritualidade e com a verdadeira face de Deus.)

É a visão de um Deus pai e criador, que apareceu no exílio dos hebreus, porque eles precisavam recriar a vida, e depois se tornou a própria imagem de Deus na Idade Média, um período também de perdas materiais e orfandades.

(Deus Odin, o deus pai dos povos nórdicos.)

(Deus Cerullo, o deus pai dos povos Celtas, que habitaram parte da Bretanha, Irlanda e centro-sul da Europa.)
 
(Deus Viracocha, deus pai dos povos Incas e Maias.
Todos são representados ostentando uma barba. Até mesmo Viracocha é um Deus de pele branca num povo de pele vermelha. O que levou a tantos povos equidistantes entre si representarem quase que igualmente esse personagem é um mistério arqueológico.)

Não se têm provas de que Deus seria um senhor com barba branca, sentado numa nuvem acima da Terra, porém as imagens tradicionais mantêm-se fortes na imaginação humana, não apenas na poesia e na arte, mas também na devoção.

A crença em um Criador, com letras maiúsculas, torna difícil a compreensão de outras religiões que falam de uma realidade transcendente e nem nomeiam Deus, como o Taoísmo ou o Budismo

(Na teologia Taoísta o universo é regido por uma Força inteligente. Esse conceito ajudou a George Lucas, cineasta de Star Wars, a criar os sacerdotes e uma teologia singular em seu universo fictício.)

(Na mitologia de Star Wars uma Força invisível rege, comanda e concede poderes àqueles que tiverem uma contagem de mitocôndrias específicas em suas células.)

No Taoísmo, o universo obedece a uma Lei ou Ordem - o Tao, que move o mundo. 

O Budismo prega que a meta do indivíduo é chegar ao Nirvana, conseguindo a iluminação.

(Muitos acreditam que Buda seja a representação de Deus no budismo, mas isso não é uma interpretação correta. Buda é o nirvana de Sidarta Gautama, príncipe hindu. Não existe um Deus no budismo, porque Nós somos esse Deus espalhado e compartilhado em várias formas e histórias. Nossa tarefa é evoluirmos até Deus e evoluir, nessa jornada, o próprio Deus, que como nós, precisa crescer e aprender.)

Talvez, no fundo, todas falem da mesma coisa, apontando que existe outra dimensão, pois todas as religiões estão de acordo em solicitar de nós o mais profundo empenho no próprio ato de viver...


Continua...

domingo, 8 de março de 2015

O que é o Terceiro Olho?

(O Olho de Hórus, na tradição egípcia é a presença que é Onipresente e pressente tudo e todas as coisas. O domínio dessa energia dá a característica da clarividência e clariaudiência para o Mago.)

De acordo com a tradição hinduísta, o terceiro olho (ou terceira visão) corresponde ao sexto chakra.

Ele esta localizado no centro da testa, entre as sobrancelhas, logo acima do nível dos olhos.

Chakras são centros de energia que não podem ser vistos a olho nu.

(Existem 7 principais chakras no corpo. Cada um deles guarda uma função, vibração e ação. Saber equilibrá-los ou ativá-los garante uma boa saúde física, emocional e espiritual para o buscador.)


Existem inúmeros deles espalhados pelo corpo humano, sendo que os sete mais conhecidos estão distribuídos ao longo da coluna vertebral. 

O terceiro olho, também chamado de chakra frontal ou ajna, é o centro de onde emanam nossos pensamentos. 

Ele está relacionado com a capacidade intuitiva das pessoas. Esta é sua principal tônica. Ele ressalta numa visão suprafísica, que supera o mundo material.

(Hipófise ou Glândula Pituitária, é uma glândula responsável pela secreção de vários hormônios. A Tradição reservou essa parte do corpo como o centro da intuição e clarividência, porque ela contém células que também formam o olho humano, sua localização e, provavelmente, uma função intuitiva, principalmente nas mulheres.)

O sexto chakra governa os olhos, os ouvidos e a parte superior da cabeça, acima do nariz. Está associado a glândula pituitária, que fica na face inferior do cérebro e responde por nossa concentração, memória, imaginação e visualizações. 

De acordo com os iogues, quando esse chakra se encontra em desequilíbrio, a pessoa pode sofrer dores de cabeça, ter problemas auditivos e de visão e dificuldade de concentração. 

Sua cor é o azul-índigo e seu símbolo, a flor de lótus de duas pétalas. 

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Aranel Ithil Dior. Tecnologia do Blogger.

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