quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Fé, Santo Remédio - Parte 2

(Cura ministrada pelo Pr. Jacobs nos hospitais da Flórida. As orações de cura são ações cotidianas na maioria dos hospitais americanos, sejam feitas por evangélicos ou adeptos do Reiki, a técnica de transferência de energia)


A recuperação da saúde seria uma confirmação da ação divina. A verdadeira fé nasce de atos concretizados. É preciso que curas aconteçam para que as pessoas passem a acreditar naquilo que se prega.

As Doenças

Para a maioria das religiões, não é apenas o corpo que adoece, mas também o espírito. Portanto, de nada adianta cuidar de um, se o outro vai mal.

A doença então seria um reflexo do mundo interior do ser humano – se a pessoa cultiva pensamentos, atitudes e palavras contraditórios às leis divinas, por exemplo, abre espaço para que apareçam problemas físicos ou emocionais.
 

Mas as enfermidades teriam também um caráter de aprendizagem: ofereceriam ao indivíduo a oportunidade dele repensar seus atos e buscas, regatar a fé e entrar em contato com seu lado transcendental.

Seria, então, uma provação – ou uma forma de purificação.

(A visão das religiões afro-brasileiras que entenderiam uma doença como também sendo a presença de um espírito ou encosto)

Para alguns credos, porém, o sofrimento seria consequência da influência externa. Segundo as religiões afro-brasileiras, ele poderia ser causado por “encostos” (espíritos que, depois da morte física, apegam-se à alguma pessoa) ou “trabalhos” (entidades enviadas por outrem para fazer o mal).

(No Espiritismo a presença de espíritos obsessores explicariam várias doenças humanas, esta foto é de Mary Todd onde se registrou uma presença espiritual)

O Espiritismo, por sua vez, atribui aos chamados espíritos obsessores a origem de várias enfermidades sem causa aparente.

E, na visão de boa parte das crenças evangélicas, o Demônio estaria por trás dos males físicos e espirituais em muitos dos casos.

(Uma sessão de descarrego)

As promessas de curas milagrosas nas igrejas neopentecostais são frequentes nas chamadas “sessões de descarrego” ou de “libertação”, que, por meio de ardorosas orações, conclamam o fiel a crer na obra de Cristo e, dessa forma, libertá-lo do sofrimento que o aflige.

(A hierarquia planetária de Saturno onde são julgados os carmas dos homens)

As crenças religiosas que acreditam nas leis do carma – quer dizer, no princípio de que toda ação acarreta uma reação – atribuem o mal físico não apenas a uma resposta aos nossos atos de hoje mas também ao que pode ter ocorrido em vidas passadas.

(A reencarnação)

Isso significa que, se uma pessoa muito religiosa ou espiritualizada fica doente, talvez esteja cumprindo algum carma de outra encarnação.

A saúde não obedece apenas a questões desta vida, asseveram.

Por isso é que, no Espiritismo, a cura se dá por meio do tratamento do espírito – afinal, é ele quem estaria doente, transmitindo a enfermidade ao corpo físico.

(Cura pela imposição de mãos, uma técnica utilizada no Hospital das Clínicas em São Paulo e em diversos países do mundo, também conhecida como Reiki. No Brasil os centros espíritas oferecem um tratamento similar)

Por meio de um fluido magnético – cujo funcionamento ainda não é cientificamente ou metodologicamente conhecido, mas fatos confirmam sua eficácia em vários níveis físicos, emocionais e mentais – o espírito do doente é atingido e curado.

Esse fluido costuma ser enviado por meio de passes, prática habitual nas sessões espíritas.

(Uma sessão de Passe, onde a cura é transmitida por um espírito superior de outra esfera utilizando como veículo a presente encarnação do médium)

A procura pelos curadores espirituais é tão grande que a Federação Espírita do Estado de São Paulo, por exemplo, chega a receber cerca de 7.000 pessoas por dia em busca de ajuda.

Os Pacientes

Muitos buscam a salvação divina, mas nem todos conseguem ser curados. Entre os diferentes credos, há um consenso: para alcançar ajuda, não basta pedir. É preciso acreditar de verdade.

(Para alcançar uma graça, todas as religiões apontam apenas um caminho: a Fé)

Nesse ponto, ciência e religião entram em acordo – quem tem fé responde melhor a qualquer tipo de tratamento.

Não dá para curar quem não quer!

 (“Você quer ser curado?”)

Jesus perguntava sempre: “Você quer ser curado?” - ele tinha a capacidade de despertar uma força interna nas pessoas. E essa força muitas vezes as salvavam.

Um estudo realizado pelo Centro para Espiritualidade, Teologia e Saúde da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, mostrou que praticantes de alguma religião têm sistema imunológico mais resistente e menor propensão a doenças cardíacas.
 
(Pessoas que se dedicam a uma religião conseguem ter maior longevidade e saúde do que pessoas que não professam nenhuma fé)

Os pensamentos provocados pela religiosidade, sem dúvida, ajudam no processo de recuperação. Mas, a fé atua apenas como complemento do tratamento, ou seja, não faz efeito sozinha. Talvez, por conta disso, Jesus também preconizava uma mudança de atitude ou de pensamentos.

(Para a cura ser duradoura deve também atingir o interior do corpo onde habita a alma indo até o espírito)

Curas milagrosas ainda não têm comprovação científica. Portanto, o doente nunca pode abandonar o tratamento médico. A medicina trata da doença, e a religião, das questões existenciais. As duas coisas são complementares, não se anulam.

Continua...

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