segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Fé, Santo Remédio! - Parte 1


Curas surpreendentes podem acontecer aos doentes que buscam – e encontram – nas crenças religiosas uma saída para seus problemas. O primeiro passo é acreditar.


Era maio de 1990.

(Daniella Macêdo, dois anos depois, curada da própria morte)

Daniella, de 4 anos, chegou ao hospital entre a vida e a morte. Internada em coma, o diagnóstico foi desanimador: insuficiência hepática grave, insuficiência renal aguda, intoxicação, broncopneumonia, além de uma parada cardiorespiratória.

Segundo os médicos, restava rezar pela menina – e foi o que os familiares fizeram.
(Pílulas do Frei Galvão, freira do Mosteiro da Luz em São Paulo)

Pediram fervorosamente a intervenção de frei Galvão por meio de suas “pílulas milagrosas” - pedacinhos de papel com uma oração em latim que devem ser ingeridos ao longo de uma novena.

(Daniella Macêdo, hoje)

Menos de um mês depois, Daniella saía do hospital curada e sem nenhuma sequela. Ninguém conseguiu explicar o que aconteceu.

Para as irmãs do Mosteiro da Luz, em São Paulo, que acompanharam o caso de perto, trata-se de um evidente milagre de cura, inclusive já reconhecido pelo Vaticano, que está em vias de aprovar a canonização de frei Galvão.

(Mosteiro da Luz em São Paulo, onde são confeccionadas as pílulas de Frei Galvão)

Como o caso de Daniella, há outros tantos relatados pelas mais diversas religiões. As enfermidades variam das mais graves – um câncer, por exemplo – às mais leves, como uma simples dor de cabeça.

Em comum, os doentes enxergam na fé uma salvação concreta para seu mal – e assim acabam recuperando a saúde.


A doença faz com que a pessoa levante uma série de questões, como o sentido da vida, o porquê do sofrimento, da dor. E as religiões respondem a tudo isso.


Relatos de curas atribuídas à fé intrigam o ser humano e permeiam os textos sagrados desde que o mundo é mundo.

(Texto Egípcio acima relata como efetuar a cura a um sacerdote de seus pesadelos)

Escritos datados de 3.000 anos antes de Cristo, por exemplo, já apontavam que no Egito...

(A estela acima é um fragmento de um conjunto de tabletes que explicam com efetuar uma terapia para ressuscitar os mortos)

...e na Mesopotâmia os responsáveis pelos tratamentos eram os sacerdotes.

(Sutras, as escrituras budistas)

Os Sutras (escrituras sagradas budistas) mencionam que uma das encarnações de Buda na Terra, há mais ou menos 2.500 anos, foi justamente com o propósito de ensinar aos humanos a cura.

(Jesus restaurando a visão a um cego)

Segundo o Novo Testamento, Cristo não só curava os enfermos como também orientava os apóstolos a fazer o mesmo.

É celebre a passagem em que teria feito um paralítico andar:

Estava ali um homem enfermo havia 38 anos. Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim fazia muito tempo, perguntou-lhe: Queres ser curado?

(Jesus e o paralítico do tanque de Siloé)

Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha na piscina quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.

(O tanque de Siloé atualmente)

Então Jesus lhe disse: Levanta-te, toma o teu leito e anda. Imediatamente o homem se viu curado, e tomando o seu leito, pôs-se a andar.” - João 5: 5-9
 
As curas aparecem nos textos religiosos como um modo de consolidar os princípios da crença. No caso do Cristianismo, por exemplo, quando Jesus realizava milagres, ele estava mostrando que o Pai queria que aquela situação de dor, de sofrimento, mudasse. Era uma nova doutrina que nascia.

Quando os santos fazem o mesmo, séculos mais tarde, é como se estivessem dando continuidade à missão de Cristo.

(São Camilo de Lellis, santo italiano)

Um exemplo é São Camilo de Lellis, que se dedicou a cuidar dos doentes acometidos pela peste negra, na Itália, entre os séculos 16 e 17.

No processo de canonização, foram considerados dois milagres: a cura de Lúcia Teresa di Petti, jovem que sofria de uma deformação congênita do tórax e sarou após beber água misturada com pó retirado do quarto de Camilo de Lellis. E Margarida Castelli, que se curou de uma infecção do sangue após sua mãe e irmã terem colocado sobre ela um santinho de Camilo seguido de uma breve oração.

Para os católicos, ele se tornou o santo protetor dos doentes e dos profissionais da saúde.

Continua...

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