sábado, 1 de novembro de 2014

Quem inventou a Mandala?

(Confeccionar uma mandala pode levar meses e até anos.)

Não se sabe ao certo quem a criou.

Sua origem se perde no tempo, mas é certo que muitos povos primitivos já a utilizavam em seus rituais. 

A palavra mandala deriva do sânscrito e quer dizer "círculo".

(Mandala em sânscrito quer dizer "círculo" e este espaço é o universo mental do meditador.)

Trata-se de uma representação geométrica do universo, um rico diagrama composto de círculos, quadrados e triângulos em torno de um ponto central que representa e início de tudo. 

Seu uso como instrumento de meditação, para despertar graus elevados de consciência, a tornou difundida no Ocidente. 

Além de fazer bem aos olhos, ela tem a propriedade de conduzir nosso olhar sempre de volta para o centro. 

(Antes de espalhar as contas, sementes ou pedras, é necessário fazer um planejamento minucioso onde o projeto deve cumprir circunferências perfeitas. A paciência, o companheirismo, o uso da lógica, o foco e a concentração, tudo isso, já é a meditação em si mesma.)

Por analogia, possui o poder de fazer com que nos voltemos para o nosso ser interior. 

Carl Gustav Jung descobriu que desenhar, pintar e sonhar com mandalas é parte natural do processo de autoconhecimento e individuação.

(Jung compreendeu que os sonhos com alguns elementos e formas geométricas, nada mais eram que a consciência do indivíduo querendo desabrochar, como ocorreu com ele mesmo, ao sonhar com uma escadaria em forma de caracol a qual ele descia cada vez mais fundo numa enorme escuridão interior...)

Ainda hoje, os monges budistas do Tibete cultivam a tradição de fazer grandes mandalas com milhões de grãos de areia colorida, um paciente e delicado trabalho que pode estender-se por meses. 

Depois de finalizada, os monges a destroem.

(Após um trabalho que levou longos e pacientes meses, os monges, numa cerimônia, destroem a mandala, simbolizando que tudo é transformação, renovação, transmutação e transcendência...)

E a mandala, que era feita com objetos da terra, à terra retorna. 

A sua destruição simboliza o desapego com as coisas terrenas, a impermanência da vida...


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Aranel Ithil Dior. Tecnologia do Blogger.

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