sábado, 23 de agosto de 2014

Por que alguns cultos há sacrifícios de animais?

(Sacrifício de 15 mil búfalos em novembro de 2009 no Nepal, este ritual foi extremamente criticado pelos órgãos de defesa dos animais pelo mundo todo.)

Em geral, trata-se de uma oferenda ao divino, como agradecimento ou como prova de fé absoluta. 

Existem diversos tipos de sacrifícios, que variam conforme a religião.

Fundamentalmente, a finalidade do sacrifício é a oferenda. 

(Os sacrifícios que envolvem sangue ou fluídos orgânicos nem sempre necessitam de uma vítima morta. Algumas gotas muitas vezes já são suficientes.)

Mas também há o sacrifício como retribuição por uma graça recebida e como forma de purificação.

O sacrifício animal no Candomblé é realizado como um agradecimento ao santo ou guia.

(O adepto de religiões africanas ao se iniciar nesta religião deve fazer sacrifícios segmentados conforme os Guias lhe são apresentados até receber seu eked. Mas são sacrifícios que se consolidam após anos ou décadas de estudo e dedicação.)

Também é feito em períodos de iniciação, em que uma pessoa vai tornar-se um adepto e ascende em busca do sacerdócio em suas várias etapas internas de aprimoramento, que levam anos e até décadas para serem cumpridas.

Na Bíblia, o sacrifício aparece como prova de obediência e fé.

Abraão, por exemplo, concordou em matar o próprio filho para mostrar sua crença em Deus e um anjo intercedeu antes do desfecho final. 

(Apesar de referenciarmos o cordeiro como um sacrifício comum entre o povo judeu, na verdade ele era um dos animais menos utilizado. O cordeiro só era usado em sacrifícios quando era necessário argumentar diante do povo que a vítima era inocente e não tinha como provar aquilo. Os animais mais utilizados nos sacrifícios rituais judaicos eram pombos, bodes e bois.)

O antropólogo inglês Sir Edward Burnett Tylor, também propôs, em 1871, que o sacrifício animal seria um presente aos deuses e que poderia minimizar a ira dos céus. 

Na Ilíada, Homero relata que o sangue sacrificial alimentava deuses e os espíritos dos mortos. 

(O que poucas pessoas sabem é que todo animal sacrificado precisa ser assado em fogo, e assim purificado e emitida a fumaça que é o verdadeiro propósito do sacrifício. Após isso, o sacerdote e ofertante, repartem o animal e o comem. Nada pode ser guardado, e o restante ou é queimado até virar cinzas, ou é enterrado em vala especial dentro do ambiente de culto.)

Na Torá, Corão e inscrições preservadas dos vários povos escandinavos e celtas, o sangue funcionava como uma transferência de poderes, desde físicos a espirituais, onde o ofertante comungava a pureza, a força e a coragem da vítima sacrificada. 

Seja como for, o sangue, no sacrifício animal sempre foi algo utilizado e verificado nas antigas religiões do mundo, mesmo aquelas monoteístas, como os muçulmanos e judeus. 

(No cristianismo um sacrifício também foi feito, mas o humano. Entretanto, seus adeptos não repetem esse ato entre si, pois acreditam que apenas um foi exigido e suficiente, que foi o de Jesus Cristo.)

Apenas no cristianismo o sacrifício chegou ao seu maior ápice de apelo, na pessoa de Jesus e, também, em seu fim, não necessitando que nenhum de seus seguidores façam a mesma escolha expiatória.

(O sacrifício humano foi praticado entre os povos Maias e Astecas. Alguns povos africanos e índios brasileiros também praticaram este ritual, mas de forma muito comedida e esporádica.)

Os sacrifícios humanos foram uma deturpação desesperada desta prática, identificada em alguns povos isoladamente, sendo um recurso extremo de um pedido de ajuda divina.

O povo asteca no México foi o povo que mais se demorou nesta prática de sacrifício humano, terminando juntamente com sua civilização...


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