sábado, 16 de novembro de 2013

O que é Alma?


Segundo as várias religiões, a alma - do latim anima, que significa "sopro", "o que anima" - seria a centelha divina no corpo, o sopro de Deus que lhe dá vida e que estaria presente em todos os homens. 

Nesse sentido, englobaria os aspectos consciente, intelectual e psicológico do ser humano, manifestando-se por meio da personalidade de cada um. 


Além disso, seria imaterial e, portanto, sem cor, forma ou peso. 

Entretanto, embora concordem nesses aspectos, não há, de fato, um consenso entre as crenças sobre o que realmente seja a alma. 

(O ciclo da vida na filosofia dos Rosa-Cruzes)

Um ponto em que os credos divergem, por exemplo, é em relação à imortalidade da alma. A maioria das religiões, como no caso do Catolicismo, Espiritismo e Islamismo, creem que ela sobreviveria à morte, pois se trataria de uma entidade independente do corpo. 

(A divisão da alma para os teósofos)

Para os teósofos, por exemplo, a alma e corpo se subdividiriam em 7 partes, onde cada parte regeria um princípio das atitudes e desenvolvimento do Homem. Aqui, Alma e Espírito fazem parte das muitas partes do corpo humano.

Para que o homem atinja sua iluminação ou salvação, o encarnado necessita se desenvolver plenamente através de uma consciência de que ele é uma parte de Deus.  


(A Alma para os egípcios era um fragmento do corpo onde habitava apenas as emoções e um tipo de intelectualidade baixa como a vontade de comer ou as necessidades básicas de sobrevivência. Ela era a parte animal do homem)

A concepção de alma denota a existência de algo individual, imaterial e dotado de vida no plano espiritual.

Ela representaria o princípio inteligente do universo, em oposição ao aspecto material igualmente criado por Deus. 


O que somos em nossa essência independe da matéria e, dessa forma, não desaparece com a sua desfragmentação. Tal crença baseia-se no pensamento do filósofo grego Platão, para quem o corpo seria a prisão da alma. 

(Platão, filósofo e matemático da Grécia Antiga)

Segundo ele, apenas na hora da morte a alma ficaria livre para ascender ao mundo das idéias. Assim, mesmo após a degeneração do corpo, ela permaneceria consciente. 

(A tricotomia: Corpo, Alma e Espírito na filosofia judaico-cristã)

Contrapondo-se a esse ideia, aparece a filosofia hebraica dos tempos bíblicos, segundo a qual, o corpo, alma e espírito formariam uma unidade indissociável. 

Como um não poderia viver sem o outro, a alma deixaria de existir após a morte. 

Os adventistas e testemunhas de Jeová, por exemplo, incorporam essa visão às suas doutrinas. 

(A existência da alma é o resultado do corpo vivo na filosofia dos Adventistas)

De acordo com Gênesis 2:7 foi da combinação do corpo material com o fôlego da vida que o Criador fez a alma vivente. O homem não possui uma Alma, ele é, em si mesmo, a alma criada por Deus, asseveram.

Outro ponto discordante entre as crenças refere-se aos conceitos de alma e espírito.

Umbanda e Catolicismo os tomam como sinônimos.

(A divisão alma-espírito para o Espiritismo)

Já para o Espiritismo e os Teósofos, existe uma diferenciação, para fins didáticos, em que a alma seria o próprio espírito, porém só quando este se encontra ligado à matéria durante os processos reencarnatórios. 

Para muitos estudiosos, contudo, essa discussão é irrelevante. 

As noções de alma ou espírito, criadas pelas religiões, representam o complexo formado por consciência, sensações, instintos e moral. 

(Conceitos de Espírito ou Alma seriam irrelevantes, pois no final, somos energia desprendidas da energia maior que é Deus, em constante transformação)

Trata-se, portanto, dos componentes não materiais da nossa personalidade.

Nesse sentido, o conceito de alma só teria perdurado ao longo da história porque seria um símbolo integrante do imaginário religioso. 

Ele facilita a compreensão de aspectos da vida que extrapolam a linguagem racional, ajudando o homem a colocar-se diante do mistério.


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