Abolido em 1962 pelo papa João XXIII, no concílio Vaticano II, o Índex era uma lista de livros proibidos pela Igreja Católica.
Desde o início do Cristianismo, as autoridades eclesiásticas tentavam controlar o que não devia ser lido pelos fiéis, mas a censura só foi oficializada no século 16, quando o pontífice Pio V instituiu a Sagrada Congregação do Índice (Índex), que elaborou um catálogo das obras proibidas, periodicamente atualizado a partir de sua criação.
Os livros só eram impressos após passar por um censor oficial, que julgava se a tinha algo de nocivo. Eram vetadas publicações que propusessem qualquer tipo de heresia ou superstição, que contivessem obsceniddes, ou que tratassem de assuntos religiosos de forma não respeitosa.
Como dizia o prefácio do Índex publicado em 1390: "Livros irreligiosos e imorais estão, às vezes, redigidos em estilo atraente e tratam com frequência de assuntos que afagam as paixões carnais e lisonjeiam o orgulho do espírito."
Segundo estudiosos, porém, o crivo da Igreja muitas vezes deu margem a arbitrariedades. De fato, fizeram parte da lista negra, por exemplo, clássicos como Notre-Dame de Paris, de Victor Hugo e, A Origem das Espécies, de charles Darwin.
Não podemos julgar a cultura de outras épocas com os critérios da nossa, mas não há como justificar o fato de o Índex ter sido mantido por tanto tempo.
Fim.
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