quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Como Rezam as Diferentes Religões do Mundo?


A prece é um elemento universal da espiritualidade humana, encontrada em todas as tradições religiosas. Cada uma delas segue seus próprios rituais, mas o objetivo principal é o mesmo: comunicar-se com a divindade, numa atitude de devoção e máximo respeito.

Antes mesmo de existirem sistemas de crença constituídos, o ser humano proferia palavras de apelo ao Criador, sempre com o sentido mágico de obter paz interior e alívio para o sofrimento.

Confome a doutrina, o rito pode incluir ainda procedimentos especiais. Os muçulmanos, por exemplo, sempre oram volatados para a cidade de Meca, na Arábia Saudita, onde está seu principal santuário. Além disso, só é permitido rezar em locais limpos, daí a utilização de um pequeno tapete. Ele pode ser levado para qualquer parte e é uma garantia de que se está rezando sobre um local puro.

No Catolicismo, por sua vez, ao final da prece é obrigatório fazer o sinal-da-cruz. Jesus ensinou assim, segundo a doutrina católica e, por isso, os seguidores do catolicismo seguem esse preceito.

Em alguma crenças, como o Budismo e Hinduísmo, a oração busca não só aproximar o praticante de uma realidade superior, mas também ajudá-lo a desenvolver estados mentais considerados superiores, como a calma e a alegria. É uma forma de trazer bençãos protetoras para o dia-a-dia.

Confira abaixo como alguns credos fazem da oração uma reverência ao Sagrado:

Muçulmanos

O fiel reza cinco vezes ao dia, sempre voltado para a cidade de Meca, na Arábia Saudita. Durante a oração, inclina-se para a frente, prostrado no chão, em sinal de reverência ao Criador. Reza-se sobre um tapete - cada um deve ter o seu e cuidar de mantê-lo sempre limpo.

Judeus

Na sinagoga, cada fiel tem o seu próprio livro de orações. Conforme a sequência de preces, ele alternadamente se levanta, ajoelha-se e em seguida senta-se novamente. Os homens têm de usar um pequena touca, o solidéu, como demonstraçõe de respeito a Deus.

Budista

A prece é feita diante de um relicário com a imagem de Buda. Para rezar, o budista junta as mãos, se ajoelha e se curva três vezes diante da imagem. Depois, faz as oferendas (flores, vela e alimentos), que simbolizam o ciclo da vida, a luz dos ensinamentos e a gratidão.

Católicos

A religão contém dua orações básicas: O Pai-Nosso e a Ave-Maria. Muitas vezes, o fiel reza com o rosário de 165 contas, correspondente a 15 vezes a primeira prece e, 150 a segunda. O católico geralmente reza ajoelhado e ao terminar sempre faz o sinal-da-cruz.


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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Os Guias do Caminho - Parte 2


O velho sábio, por exemplo, pode surgir como um negro escravo que, com sua paciente submissão à tirania dos senhores, adquiriu sabedoria, paciência e profunda espiritualidade.

É o caso da "Vó" que "baixa" num terreiro em Santa Catarina, ela é uma escrava parteira e hoje traz conselhos. Enquanto uma médium reza, a entidade "Vó", preta-velha, toma seu corpo sem alarde, apóia-se numa bengala, senta-se num banquinho, fuma um cachimbo e, com fala enrolada, transmite mensagens aos "netos".

Em seguida, ela puxa seus "pontos cantados" (cantigas que recordam  os tempos de escravidão) e mexe em folhas de arruda e guiné para curar dores e machucados dos devotos.

Os caboclos e as crianças também se apresentam cercados de elementos simbólicos, ligados às matas e à infância, para expressar seu poder. Os caboclos apresentam muitas facetas do heróis guerreiro e as crianças são o arquétipo da eterna inocência.

Incorporados, os espíritos indígenas (nativos ou mestiços de índios e brancos) soltam um grito de guerra e dançam como se estivessem caçando com arco e flecha. Seriam especalistas na medicina mágica, praticada com ervas, pós e folhas, e no uso do fumo, considerado um estimulante para o contato com o mundo espiritual.

As crianças, quando incorporadas nos devotos adultos, correm pelo terreiro e pedem brinquedos e doces, que utilizariam para manipular as energias do ambiente. Quem vê, pensa que é um bando de loucos, mas eles descontraem e fazem as pessoas com carga energética muito pesada esquecerem os problemas.

Aos poucos, a Umbanda ampliou o leque de suas entidades com a veneração dos oprimidos cignanos do Oriente - que se distribuem pelo mundo com seu estilo de vida libertário - profissionais pouco reconhecidos, como boiadeiros e marinheiros, brasileiros de regiões distantes do centro econômico do País, como cangaceiros e baianos.

Num mundo mais próximo dos humanos a religão conta com exus e pombagiras, qualificados para auxiliar na resolução de problemas terrenos, como dificuldades com emprego e sexo.

A Umbanda representa, com suas entidades, diferenças raciais e étnicas, profissionais, regionais, de gênero e idade e, inclusive, morais. Por meio delas, traz esperanças de proteção, de solução dos problemas e cotidianos e de superação dos males.

Dessa mescla de personagens, cada qual com sua história e personalidade, criou-se um grupo de espíritos que celebra o convívio pacífico com as diferenças, onde todos têm algo positivo para oferecer.


A Entidade e Suas Oferendas

Caboclo

A força, o desprendimento e o espírito guerreiro são considerados seus melhores atributos. Ele representa os índios nativos brasileiros e também os mestiços de índios e brancos. Geralmente alegre, expressa sua cultura por meios de gritos de guerra, cânticos e danças.

Oferendas - gosta de bebidas natuais, como garapa (caldo-de-cana) e aluá (mistura de cascas de frutas, cana e limão). Também apreciam abóbora, milho verde e frutos como o coco.

Locais Preferidos - Anda pelas matas e por lugares afastados dos centros urbanos.

Festa - Coincide com as homenagens e Oxóssi (orixá das matas) no mês de janeiro e no Dia do Caboclo, comemorado em 2 de julho na Bahia.

Criança

Vítimas de doenças que se disseminaram no País, milhares de crianças teriam migrado para um mundo espiritual. Desde então, são invocadas para trazer alegria e descontração e, quando incorporadas, brincam e pedem doces.

Oferendas - Refrigerantes e sucos, além de doces como bolos, caramelo, rapadura e balas.

Locais Preferidos - Jardins e parques, geralmente, acompanhadas de uma entidade adulta.

Festa - Em setembro, junto com as homenagens aos santos católicos Cosme e Damião, com quem as crianças são sincretizadas.

Preto-Velho

Representa os escravos africanos do Brasil colonial que superaram os sofrimentos e, desencarnados, orientam os seres humanos na Terra. Quando incorporado, tem fala mansa, anda curvado e quase sempre fica sentado num banquinho para abençoar os filhos. É respeitado por sua humildade e sabedoria.

Oferendas - gosta de café forte e vinho tnto. Também de aipim cozido, mingau de mungunzá e acarajé, entre outros quitutes africanos.

Locais Preferidos - Além dos terreiros, anda pelas redondezas de casas coloniais.

Festa - Durante o mês de maio, principalmente no dia 13, data da Abolição da Escravatura.




Fim.:.



Referências Bibliográficas


Livros

Almas e Orixás na Umbanda, de Omolubá, ed. Cristális, 2002.

Cadomblé e Umbanda, de Vagner Gonçaves da Silva, ed. Selo Negro, 2005.

Visitações

Casa da Vó Joaquina, Joinville, Santa Catarina, Fone: (0xx47) 3027-5605

Grupo Umbandista Cristão Yonuaruê, São Paulo, Fone: (0xx11) 5058-7754




sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Quem são os Dervixes?


Também chamados de sufis, os dervixes são seguidores do Sufismo, vertente mística do Islã que surgiu no século 7 junto com a doutrina do profeta Muhammad.

Incialmente, os dervixes eram ascetas radicais, que abandonaram a vida material em nome de um completo aprofundamento na fé. Só mais tarde começaram a se agrupar em irmandades, com características distintas entre si, mas sempre tendo por bandeira o crescimento interior como forma de integração com  o Criador.

Enquanto o islâmico comum pode orar a Deus por obrigação, o sufi tem por objetivo unir-se a Ele. O fato de relegarem os aspectos materiais não os torna superiores. Cada um tem uma função destinada por Deus. O fiel que se preocupa mais com a matéria, mas segue o Corão, também será recompensado por Allah.

Além do estudo do Corão, os dervixes têm várias práticas voltadas para o auto-conhecimento e a conexão com o Sagrado. Um dos rituais mais conhecidos é o Sama, no qual os místicos giram durante horas, atingindo um profundo estado de transe devocional.

No Sama, há orientações específicas quanto às posturas que o fiel deve adotar, por exemplo: Deve-se girar apenas em sentido anti-horário, com a mão direita voltada para o céu e a esquerda para o chão - segundo crêem, dessa forma o poder de Deus entra pela palma da mão direita, passa pelo corpo e então sai pela palma da outra mão, difundindo-se pela terra.

Nem todas as vertentes, porém, executam o Sama da mesma forma. A cerimônia, assim como outros rituais sufi, pode ser adaptada conforme a orientação do mestre de cada linha.

Seja como for, uma coisa é consenso entre todas as linhas: ao contrário de uma dança, na verdade o Sama é uma "oração em movimento".

Entre os exercícios praticados por esses místicos estão ainda o zikr - reptição contínua dos nomes e atributos de Allah - e a prática da meditação.



Referências Bibliográficas

Sama, Etnografia de uma Dança Sufi - de Giselle Camago, ed. Madras, 2005.



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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Os Guias do Caminho - Parte 1


Eles tiveram uma vida difícil, foram discriminados e punidos por suas diferenças étnicas e sociais, mas hoje habitam os Céus e orientam a humanidade com sua sabedoria. Conheça os espíritos conselheiros da Umbanda.

Em um reino encantado dos Céus chamado Aruanda, um espaço místico onde se preza a paz, a liberdade e a sabedoria, existe um povoado espiritual de idosos, jovens e crianças que visitam a Terra para acalentar o coração aflito dos humanos.

Invocados por meio de orações, leituras bíblicas, cânticos e toques de tambores, esses seres divinos deslocam-se de sua morada celeste para incorporar em alguns filhos de fé e, por intermédio deles, operar curas físicas e espirituais.

Conhecidos na Umbanda como a tríade de pretos-velhos, caboclos e crianças, eles seriam espíritos de luz que um dia foram humanos e, depois de uma vida de sofrimentos e provações, desencarnaram e tornaram-se ajudantes dos orixás (os deuses das energias cósmicas) e de Olorum (ou Zambi), o criador do Universo.

A Umbanda acredita que os integrantes desta tríade espiritual atuam como guias da humanidade. Eles remetem às diferentes fases da vida e teriam a função de orientar os fiéis com os atributos de cada etapa.

A criança simboliza a pureza, resolve as coisas sem preconceitos. Os caboclos têm o vigor, a força e o arrojo da nossa fase jovem e adulta. E os pretos-velhos representam sabedoria, paciência e tranquilidade.

Essas entidades também são vistas como precursoras da nação brasileira. Suas histórias, segundo estudiosos, reconstituem as mazelas do período colonial e a dura batalha entre imigrantes europeus e povos "de cor".

São, sobretudo, estereótipos do brasileiro, das imagens que se fixaram na história oficial e na cultura popular do País.

O preto-velho simboliza os escravos africanos, tirados à força de seu continente e vendidos aos brancos para trabalhar nos engenhos de cana-de-açúcar. Os caboclos espelham os milhares de índios dizimados pelos colonizadores por lutarem em defesa de suas terras.

Com o surgimento da Umbanda, há cerca de 80 anos, essas duas raças tornaram-se símbolos de veneração entre os fíeis. Ocorrem uma inversão simbólica da condição social dos negros e índios, historicamente oprimidos e cujos descendentes foram os criadores desta religião.

Já os espíritos das crianças indicam aqueles que morreram cedo, vítimas de epdemias e da taxa de mortalidade infantil que perdurou, principalmente, até a década de 40.

Mais do que figuras do passado, a tríade da Umbanda ainda representaria alguns segmentos marginalizados pela sociedade atual. O negro sofre discriminação por ter uma história de escravidão; o velho e a criança, por não serem produtivos economicamente; e o índio, por não ser "civilizado".

Mas o sofrimento e a opressão não teriam causado rancor a essas almas, que se dedicaram a ajudar a humnidade. Em sua nova condição, são procuradas para oferecer apoio àqueles que enfrentam dificuldades na vida.

Antes excluídas, eles então se divinizaram na forma de um sábio vovô, de um valente índio e de uma ingênua criança. São representações de imagens arquétipas, ou seja, de símbolos comuns à psique humana, mas com uma linguagem mais próxima à realidade brasileira.


Outras Entidades Espirituais

No universo umbandista, os orixás simbolizam sete raios de energias que correspondem a forças da existência, como o amor, a transformação e a justiça. Cada uma dessas linhas de vibração seria habitada pelos espíritos que "baixam" nos terreiros.

Os mais importantes são os pretos-velhos, caboclos e crianças, que formam a tríade da umbanda.

Há também entidades que aludem a outros segmentos sociais marginalizados, como ciganos e boiadeiros, que se desenvolveram no plano astral, vencendo as dificuldades da vida terrena. Logo abaixo, viriam os espíritos "das trevas", os exus e as pombagiras, encarregados de ajudar os humanos em questões terrenas.

Conheça melhor algumas delas.

Exu - Brincalhão, usa roupas pretas ou vermelhas, Fuma charuto e bebe aguardente, com os quais manipula energias. Gosta da noite e das encruzilhadas e combate feitiços. Sua aparência lembra o Diabo dos cristãos.

Pombagira - Assim como Exu, pode fazer o bem e o mal. Frequenta cemitérios e encruzilhadas. Bela e vaidosa, ajuda nos problemas sexuais e gosta de atrair os homens.

Boiadeiro - Jovem e másculo, doma os bois no sertão. Representa aquele que leva o rebanho como se estivesse guiando os fiéis no caminho do bem.

Cigano - é conhecido pela roupa colorida, a musicalidade e a dança. Originário da Índia, viaja por todo o mundo e, por isso, simboliza a universalidade. Seu nomadismo mostra que a vida é uma eterna mudança.

Marinheiro - Sorridente, vestindo um boné de marujo, anda imitando o balanço do mar, o que simboliza seu controle sobre o ritmo da vida. Com palavras macias e diretas, ensina as pessoas a saírem dos mares bravios.


Continua...



segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

E se não Existissem as Religiões?


Judeus contra muçulmanos no Oriente Médio, católicos versus protestantes na Irlanda do Norte, hindus em oposição a islâmicos na Caxemira. 

Caso não houvesse religião, reinaria a tão esperada paz na Terra? 

Dificilmente...

Se os credos não existissem, os conflitos poderiam se tornar ainda mais comuns, pois outros valores máximos seriam menos eficazes que a ética religiosa. 

De fato, desde que o homem é homem, ele necessita de um conjunto ético que norteie sua vida em comunidade. E, segundo estudiosos, até hoje o norte mais eficiente tem sido a religião, pois lida com uma verdade considerada absoluta. Então, ela é nosso freio e esteio nos momentos de conflitos, sejam esses sociais ou interiores. 

Na ausência da fé, o mais provável seria o homem acabar acreditando apenas em si mesmo. O indivíduo se consideraria o próprio Deus e poderia, por exemplo, fazer de valores políticos sua ética não-religiosa. Talvez isso não fosse um problema de fato para alguns homens, que com cultura, oportunidades e personalidade, poderiam descartar a necessidade de uma religião.

Mas quando estamos tão misturados em meio a outros seres humanos, que sem cultura, oportunidades e um desenvolvimento mental-emocional suficientes para ver o que lhe ocorre ao redor de si, somente a religião seria o muro que os conteria em determinados valores éticos e sociológicos, detendo situações que poderiam ser desde criminosas até não-culturais.

A questão aqui, seria todos concordarem com esses termos já que são relativos para cada povo. 

Outro hipotético substituto para a fé seria a Ciência.

Mas essa improvável candidata, ainda de acordo com estudiosos, também perderia fôlego, pois, em essência, não se ocupa de valores comunitários ou místicos, e a questão da morte, até hoje para a ciência, é algo vago e sem importância, e dar esta resposta a uma criança que perdeu sua mãe, ou a um pai que perdeu um filho é um pouco demais...

Além disso, seu objetivo último - comprovar empiricamente os fatos da vida - não conseguiria (ao menos não o fez ainda) responder a questões existenciais, como para onde vamos após a morte, que são contempladas pelas crenças. 

Ou seja, se a fé em algo transcendente não existisse, provavelmente estaríamos nos batendo em carvernas até hoje - isso, claro, se ainda estivéssemos vivos. 

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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A Mensageira do Céu - Parte 2


As duas primeiras partes do segredo de Fátima foram reveladas por Lúcia em 1927.

Segundo a Igreja, a primeira dizia respeito à premonição sobre a vida das crianças - Francisco e Jacinta estariam pouco tempo entre os mortais e Lúcia viveria mais, como realmente aconteceu.

Parece haver também uma "visão do Inferno", já que Lúcia viu imagens que sugeriam isso, projetadas na superfície da esfera que a aparição portava.

A segunda parte mencionava o fim da Primeira Guerra Mundial e o início da Segunda, além da ascensão e queda do comunismo da União Soviética. O restante do segredo ficaria oculto durante seis décadas por vontade expressa da Virgem Maria, de acordo com Lúcia.

Ao final de 1943, Lúcia - então gravemente doente - escreveu a terceira parte por ordem do padre jesuíta com quem se confessava. Mas esta só foi revelada no dia 26 de junho de 2000, por decisão do papa João Paulo II.

Falava de um anjo com uma espada de fogo, um "bispo vestido de branco", que caminhava entre os escombros de uma grande cidade com muitos cadáveres, principalmente de religiosos. Ao chegar no alto de um monte, ele era morto por um grupo de soldados.

O cardeal Joseph Ratzinger, da Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, apresentou uma interpretação que satisfazia ao papa: "O bispo branco" seria João Paulo II, que sofrera um atentado a bala em 1982. A interpretação não agradou a todos, porque na profecia o bispo morria e, na vida real, o papa sobreviveu.


E o Mistério Continua...

Embora o segredo tenha sido divulgado pela Igreja, alguns pesquisadores acreditam que seu conteúdo possa ter sido manipulado. Segundo alguns teológos, as duas primeiras partes do segredo de Fátima eram convenientes para a política de alguns países ocidentais da época.

Elas silenciaram o facismo europeu, os ditadores Hitler e Mussolini e o extermínio de 6 milhões de judeus, mas satanizaram a Rússia e o comunismo por combaterem o Catolicismo e por serem pomotores de guerras.

Alguns historiadores como Fernandes e D'Armada, que são co-autores do livro Fátima: Nos Bastidores do Segredo, também defendem que, ao redigir o mistério, Lúcia teria sido influenciada por seus confessores.

Um deles chamava-se José Bernardo Gonçalves. Ele já era confessor de Lúcia quando a Rússia passou a figurar na mensagem de Fátima. Teve, assim, acesso ao segredo e influência sobre sua redação antes de as aparições serem consideradas "digna de crédito" pelo bipo de Leiria, em 1930.

Esses pesquisadores acham que por trás destas manobras se ocultava um antigo sonho da Igreja: a conversão da Rússia ao Catolicismo.

A Igreja não faz novos pronunciamentos sobre esse assunto. Mas permanecem as teorias de que a mensagem não foi devidamente interpretada e pode ocultar revelações importantes à humanidade.

A única pessoa que poderia comprovar ou negar essas teorias morreu em 13 de fevereiro de 2005. Depois de viver 83 anos enclausurada, irmã Lúcia levou consigo o divino segredo de Nossa Senhora.


Guardado a 7 Chaves

Em um manuscrito de Lúcia pouco conhecido, datado de 1922, ela conta que o segredo revelado pela apareição constava de "palavrinhas".

A menina teria sido a única a ouvir a entidade falar enquanto as outra duas crianças, que estavam junto a ela, teriam escutado apenas zumbidos. Nenhum dele disse ter ouvido um zumbido mais longo a ponto de poder ter sido comunicado à vidente um discurso complexo.

Em 1927 Lúcia "recebeu permissão do Céu" para revelar as duas primeiras partes do segredo de Fátima. Anos depois, já no convento de Tuy, na Espanha, seu confessor ordenou que redigisse suas memórias, incluindo a terceira parte da revelação.

Em 1944 o manuscrito do "terceiro segredo" foi levado ao bispo de Leiria. O Santo Ofício pediu uma fotocópia dos escritos de Lúcia, além da carta lacrada contendo a sigilosa mensagem.

Na década de 50, o papa João XXIII teria lido o documento, mas não se pronunciou a respeito. O cardeal italiano Ottaviani afirmou que, em 1967, o mesmo papa guardara o segredo num arquivo, uma espécie de poço "no qual cai a carta até o fundo negro, muito negro, e ninguém vê mais nada".

Por isso acredita-se que o manuscrito original do segredo de Fátima esteja perdido em algum arquivo da Igreja.


FIM.:.



Referências Bibliográficas


Livro

Fátima: Nos Bastidores do Segredo, de Fina D'Armada, ed. Martins Fontes, 2001

Site
www.santuario-fatima.pt

Vídeo

 

domingo, 13 de janeiro de 2013

O que é o Animismo?


Observe a ilustração. O que será que o índio está fazendo?

Não, ele não ora pra que escape das garras de uma onça, mas sim como forma de respeito antes de caçá-la.

Assim, são as religiões animistas: consideram que animais, plantas e tudo o que existe tem alma, assim como o homem. O animismo se expressa por uma visão espiritual integrada do indivíduo com a natureza.

Primeiras manifestações religiosas do planeta, os credos animistas ainda hoje estão presentes sobretudo em comunidades indígenas e tribos na América, na África e na Oceania.

Além da crença na presença da alma em todos os seres, essas comunidades se caracterizam pelo culto aos antepassados e pela vida social atrelada à religiosa. Em geral, o líder espiritual é um dos chefes da tribo.

O termo animismo surgiu somente em 1871, quando o antropólogo inglês Edward Tylor usou a palavra animus - alma em latim - para classificar a religião desses povos ancestrais, que segundo ele tenderia a desaparecer. Para Tylor, com o tempo essas comunidades se tornariam politeístas e por fim monoteístas.

O que se viu, porém, é que as crenças animistas se mantém vivas até hoje, e o índio que reza para caçar numa floresta está ao lado de um europeu que ora a Deus para não ser devorado por uma onça.


Fim.:.



sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A Mensageira do Céu - Parte 1


Uma das histórias mais belas do Catolicismo, as aparições de Nossa Senhora a três pastorinhos de Portugal foram cercadas de mistério durante muito tempo. Num dos encontros, ela teria feito importantes revelações à humanidade.

Na tarde de 13 de maio de 1917, três crianças pastoreavam ovelhas em um lugarejo chamado Fátima, perto da região de Leiria, em Portugal, quando observaram no céu uma espécie de relâmpago. A mais velha, Lúcia dos Santos, sugeriu a seus dois primos, Jacinta e Francisco Marto, que voltassem para casa, temendo que uma forte chuva desabasse sobre eles.


Antes de partir, porém, os três pastorinhos viram sobre um pé de azinheira uma "senhora vestida de branco mais brilhante que o sol", carregando uma espécie de rosário nas mãos. Ela disse que "vinha do Céu" e pediu que voltassem àquele mesmo local, conhecido como Cova de Iria, no mesmo dia do mês seguinte.

Assim foi feito. Em 13 de julho, a jovem luminosa reapareceu e fez às crianças uma surpreendente revelação. Essa mensagem ficou conhecida como "o segredo de Fátima" e, durante muito tempo, uma parte dela foi guardada a sete chaves pela Igreja Católica.

Impressionados com estes eventos extraordinários, peregrinos de todo o país acorreram a Fátima. E não demorou para que a misteriosa aparição fosse identificada como a Virgem Maria.

Durante seis meses, ela visitou aquele povoado pobre de Portugal, sendo vista apenas pelas crianças. Além de misteriosas revelações, também anunciou aos três pastores que realizaria um milagre, com data marcada: 13 de outubro. Nesse dia, 70 mil pessoas, entre católicos e céticos, se reuniram em Fátima para testemunhar evento inexplicáveis, como a chamada "dança do sol", quando então o astro teria se movido de um lado a outro do céu.


Enquanto milhares de católicos reagiam com demonstrações de fé, a Igreja iniciamente tratou o assunto com dúvidas e suspeitas, submentendo os três pastorinhos a vários interrogatórios. O resultado dessas conversas foi mantido em segredo durante muito tempo, até que, em 1978, a historiadora portuguesa Fina D'Armada descobriu, nos arquivos pessoais do padre Manoel Nunes Formigão, em Fátima, as transcrições dos relatos das crianças.

"Elas contaram que a aparição tinha pouco mais de 1 metro de altura, parecia uma menina com idade entre 12 e 15 anos e usava uma espécie de saia branca que descia até um pouco abaixo dos joelhos", afirmou a historiadora.

Ela vestia também um casaco branco e estava coberta por um manto do qual emanava uma luz forte. Falava sem mexer os lábios e não mencionou se fazia parte da família de Cristo ou de Deus.

Além disso, a jovem segurava uma espécie de esfera luminosa entre as mãos que parecia pender do pescoço com um cordão. Este foi interpretado pelos religiosos como um terço e a "bola luminosa", a partir de 1922, se converteu no Imaculado Coração de Maria.

A saia, relativamente curta para a época, "desceu" até o chão por imposição dos censores católicos. Tudo isso estava resgistrado nos arquivos dos primeiros interrogatórios sobre as aparições.


Segredo Bem Guardado

A menina Lúcia teria sido a única a ouvir a mensagem misteriosa que a Virgem Maria revelara. Ela tinha, então, 10 anos de idade. Com a morte de Jacinta e Francisco pouco tempo depois, tornou-se a única vidente viva de Fátima e seus passos começaram a ser acompanhados de perto pela Igreja.

Em 1921, a menina e sua mãe foram convencidas pelos religiosos católicos que deveria ir para um convento. Estando com apenas 14 anos, a ideia lhe causou profunda tristeza. Três anos depois, foi submetida a um rigoroso interrogatório, efetuado por autoridades eclesiásticas portuguesas.

E em 1925, passou a viver enclausurada num convento em Tuy, na Espanha, dedicando-se integralmente à vida religiosa.

Lúcia não pôde mais falar ou escrever sobre sua experiência. Somente o bispo de Leiria, José Alves Correia da Silva, à qual ela devia obediência, podia dar tal autorização e, mesmo assim, consultando antes o Cardeal-Patriarca de Lisboa e o Papa.


Os Três Pastorinhos

Lúcia de Jesus Santos teve sua vida marcada até o fim pelas aparições de Fátima. Seus primos Jacinta e Francisco Marto viveram menos tempo para lembrar dos episódios.


Jacinta morreu em 1920, aos 9 anos, e Francisco aos 11, um ano antes. As duas crianças foram vítimas da terrível influenza, uma epidemia de gripe que se espalhou pela Europa e matou milhares de pessoas naquela época.

Recentemente, o Cardeal-Patriarca de Lisboa, dom José Policarpo, declarou à imprensa que Lúcia foi a porta-voz das revelações. Durante as aparições Francisco era o mais contemplativo e Jacinta ficava de tal maneira emocionada que nada dizia.

O processo de beatificação de Jacinta e Francisco teve início em 1952, mas somente no dia 13 de maio de 2000 eles receberam, do papa João Paulo II, o título de beatos. A data foi marcada por uma grande cerimônia em Fáima, onde estão enterrados.

Acredita-se que a beatificação de Lúcia - falecida no dia 13 de fevereiro de 2005 - será rápida, a exemplo do que aconteceu com Madre Teresa de Calcutá, quando o papa dispensou a espera de cinco anos exigida para iniciar o processo. Mesmo depois da morte de João Paulo II, a tentativa de canonização dos pastorinhos iria seguir seu caminho.


Continua...




quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Qual é o dia Sagrado, o Sábado ou Domingo?


Os dois.

Tudo vai depender da tradição religiosa. Enquanto os judeus têm o sábado como dia sagrado, os cristãos, com exceção dos adventistas, praticam seus rituais litúrgicos no domingo.

Para o Judaísmo, o sábado - shabat, em hebraico - é o dia do descanso, pois, segundo a Torá, Deus criou o mundo em seis dias, de domingo a sexta-feira, descansando no sétimo. "Se até Deus, que e onipotente, descansou, nós também devemos descansar. Ele nos deu o exemplo", diz o rabino Sérgio Margulies, da Associação Religiosa Israelita do Rio de Janeiro.

Na verdade, o shabat começa antes, já no entardecer da sexta-feira, com o surgimento das estrelas, e vai até a mesma hora do sábado. Nesse período, são feitas rezas refeições em família e visitas à sinagoga.

A Celebração do domingo pelos cristãos, por sua vez, está ligada à ressurreição de Jesus, que, segundo os Evangelhos, subiu aos Céus no domingo seguinte à sexta-feira em que foi crucificado. A ressurreição de Cristo foi entendida como uma nova criação. 

Antes os homens viviam em pecado, segundo a visão católica, mas foram redimidos pelo Messias. Assim, embora os primeiros seguidores de Jesus continuasse a frequentar os rituais de sábado, como os judeus, com o tempo os cristãos passaram a dar mais importância ao primeiro dia da semana. 

Mas o reconhecimento oficial do domingo como dia santo veio somente no ano 321, por determinação do imperador romano Constantino, que se convertera ao Critianismo. Desde então o domingo é um dia de descanso, em que não se pode trabalhar e se deve participar da Eucaristia.

Além do sábado e domingo, os demais dias da semana também são considerados sagrados em outras crenças. Confira alguns exemplos abaixo: 

Umbandistas

Cada um dos orixás - as divindades no panteão da Umbanda - tem o seu dia da semana específico, em que recebe orações e homenagens dos fiéis aos quais está associado. Alguns exemplos são: Ogum - terça-feira; Xangô - quarta-feira; Iemanjá - sábado. 

Islâmicos

Para os muçulmanos, a sexta-feira é santa. Segundo a tradição, foi quando Allah criou Adão e também será o dia em que virá o Juízo Final. Na sexta-feira, todos os adultos do sexo masculino devem comparecer a uma mesquita para a prece do meio-dia. 

Adventistas

Apesar de serem  cristãos, os fíeis da Igreja Adventista do Sétimo Dia guardam o sábado, assim como os judeus. Segundo afirmam, fazem isso em observância à Bíblia, que especifica que este dia é de descanso, sendo assim reservado à veneração do Criador. 


Fim.:. 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O Tesouro do Islã - Parte 3



Moisés fala com Deus

Certo dia, ele disse à família: "Avistei fogo, trar-vos-ei notícias dele, ou trar-vos-ei as brasas, para acenderdes uma fogueira que vos aquecerá". Quando, porém, se aproximou das sarças, ouviu uma voz: "Bendito seja Quem está dentro do fogo e em suas vizinhanças, e glória a Allah, Senhor do Universo!

"Ó Moisés, Eu Sou Allah, o Poderoso, o Prudentíssimo."

Moiséis pensou em correr, mas Allah o repreendeu: "Não temas, porque os mensageiros não devem temer a Minha presença". Desta maneira, Moiséis recebeu o título de Kalimullah, Aquele que fala com Deus diretamente, sem intermediação dos anjos.

[Assim como narra a Bíblia, o Corão conta que, temendo ver o filho morto, a mãe de Moisés o abandonou num cesto às margens do Nilo. Salvo pela mulher do faraó do Egito, o israelita foi criado na corte. Após matar um homem, fugiu para a região de Median, onde se casou e viveu durante algum tempo, até decidir libertar seu povo do cativeiro no Egito. Para os muçulmanos, ele é lembrado como um grande benfeitor e um profeta que veio ao mundo para difundir a fé no Deus único.]



O Pecado de Adão


"Do barro criarei um homem", disse Allah.

"Quando o tiver plasmado e alentado com o Meu Espírito, prostrai-vos ante ele", ordenou aos anjos, que se prostraram, unanimemente.

Uma única criatura angelical, porém, não se prostrou diante do homem criado, que se chamava Adão. Seu nome era Lúcifer. Ele se ensoberbeceu, e dali em diante passou a se contar entre os incrédulos. Foi Lúcifer, então chamado de Satanás, quem tentou Adão, sussurando-lhe: "Ó Adão, queres que te indique a árvore da eternidade e do reino eterno?"

Adão e Eva comeram os frutos da árvore. Suas vergonhas, então, foram manifestadas e eles puseram-se a cobrir seus corpos com folhas das plantas do Paraíso. Adão desobedeceu ao seu Senhor, deixando-se seduzir. Mas logo o seu Senhor o absolveu.

[Assim como a bíblia, o Corão conta que Adão foi criado a partir do barro. mas quando se trata do episódio da tentação por Satanás, as narrativa divergem. Segundo o livro sagrado dos muçulmanos, Adão e Eva comeram juntos o fruto proibido. Este ato, porém, não é encarado no Islã como pecado, e sim como parte natural da busca humana por conhecimento, representada pelo furto. Com esta experiência, ele perdeu a pureza primordial, mas obteve o discernimento que permite ao homem escolher entre a virtude e o pecado, explicam os mulçumanos. Ao nascer, todo ser humano refaz, em seu microcosmo, segundo a doutrina islâmica, a trajetória do profeta Adão.]



Davi, o Rei Perfeito


E Allah falou a respeito de Davi: "Nosso servo, Dahud, o vigoroso, foi contrito". Quando Davi matou Golias, Allah lhe outorgou o poder e a sabedoria, e fortaleceu o seu império. Davi foi justo e reto, e o Profeta Muhammad se escandalizou quando leu as passagens bíblicas que o denegriam.

Foi então que Allah revelou o versículo condenando os profanadores das Escrituras: "Ai daqueles que copiam o Livro, alterando-o com as suas mãos para negociá-lo a preço irrisório. Ai deles, pelo que suas mãos escreveram! E ai deles pelo que lucraram!"

[Um dos grandes monarcas de Israel, Davi se sobrassai nas tradições judaica e cristã como um guerreiro corajoso e um homem de fé, mas que teria cometido desvios como abuso do poder; adultério e assassinato, embora, ao fim da vida, se mostrasse arrependido. O Corão, entretanto, tem uma visão diferente sobre o rei que unificou os israelita. Segundo as narrativas sagradas dos muçulmanos, Davi teve uma história sem máculas e dedicada à glória de Allah. Teria sido um homem perfeito.]



A Saga de Maria e Jesus


As dores do parto constragiam Maria, e ela retirou-se para um lugar afastado. Sozinha, buscou refúgio junto a uma tamareira. Disse: "Oxalá eu tivesse morrido antes disso, ficando completamente esquecida". Uma voz porém, a chamou: "Não te atormentes, porque teu Senhor fez correr sob os teus pés um riacho. E sacode o trono da tamareira, de onde cairão sobre ti tâmaras maduras e frescas".

Desta maneira, ela encontrou alimento e água e pôde dar à luz o Messias, chamado de "Jesus , o filho de Maria".

Deus falou à Virgem: "Ele (Jesus) ensinará a escrita, a sabedoria, a Torá e o Evangelho. E será um mensageiro para os israelitas". Com o beneplácito de Allah, Jesus apresentou uma série de sinais ao seu povo e disse: "Eis que plasmarei do barro a figura de um pássaro, na qual assoprarei, e a figura se transformará em pássaros, na qual assopararei, e a figura se transformará em pássaro; curarei o cego de nascença e o leproso; ressuscitarei os motos, pela vontade de Allah, e vos revelarei o que consumis e entosourais em vossas casas. Eu vim para confirmar-vos a Torá, que vos chegou antes de mim, e para liberar-vos algo que vos estava vedado. Eu vim com um sinal do Vosso Senhor. Temei a Allah, e obedecei-me. Sabei que Allah é o meu senhor e vosso. Adorai-o. Essa é a senda reta".

Diante da incredulidade entre seu povo, Jesus encontrou apoio nos discípulos, que disseram: "Nós seremos os colaboradores, porque cremos em Allah, e testemunhamos que somos muçulmanos".

[Maria ocupa o topo da hierarquia espiritual feminina no Islã, sendo considerada a mais perfeita das mulheres. Jesus, muitas vezes chamado de "Espírito da Santidade", tem também um papel de destaque no Corão. Acredita-se aque ele retornará no fim dos tempos para combater o Anticristo e criar um reino de paz na Terra, até o Dia do Juízo.]


FIM.



Referências Bibliográficas

Livros

O Significado dos Versículos do Alcorão, tradução e nota do professor Samir El Haye, ed. Jornalística, 2001.

A Bíblia, o Alcorão e a Ciência, de Maurice Bucaille, Wamy - Assembléia Mundia da Juventude Islâmica.

Compreender o Islão, de Frithjof Schuon, Edições Dom Quixote, 1990.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O que foi o Índex?


Abolido em 1962 pelo papa João XXIII, no concílio Vaticano II, o Índex era uma lista de livros proibidos pela Igreja Católica.

Desde o início do Cristianismo, as autoridades eclesiásticas tentavam controlar o que não devia ser lido pelos fiéis, mas a censura só foi oficializada no século 16, quando o pontífice Pio V instituiu a Sagrada Congregação do Índice (Índex), que elaborou um catálogo das obras proibidas, periodicamente atualizado a partir de sua criação.

Os livros só eram impressos após passar por um censor oficial, que julgava se a tinha algo de nocivo. Eram vetadas publicações que propusessem qualquer tipo de heresia ou superstição, que contivessem obsceniddes, ou que tratassem de assuntos religiosos de forma não respeitosa.

Como dizia o prefácio do Índex publicado em 1390: "Livros irreligiosos e imorais estão, às vezes, redigidos em estilo atraente e tratam com frequência de assuntos que afagam as paixões carnais e lisonjeiam o orgulho do espírito."

Segundo estudiosos, porém, o crivo da Igreja muitas vezes deu margem a arbitrariedades. De fato, fizeram parte da lista negra, por exemplo, clássicos como Notre-Dame de Paris, de Victor Hugo e, A Origem das Espécies, de charles Darwin. 

Não podemos  julgar a cultura de outras épocas com os critérios da nossa, mas não há como justificar o fato de o Índex ter sido mantido por tanto tempo.


Fim.

Um novo ano para nós!


O pequeno e humilde blog A Torre da Coruja, entra em mais um ano com a vontade inquebrantável de estudar e mostrar as muitas vertentes das várias religiões e conceitos teológicos de nosso tempo e de outros...

Assim, ainda estaremos aqui, digitando, digitando, para que neste novo ano, mais matérias e curiosidades do mundo místico cheguem até vocês. 

Um enorme abraço a todos que tem acompanhado nossas postagens. 

Teremos um grande ano!

ARANEL DIOR.:.
Aranel Ithil Dior. Tecnologia do Blogger.

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