Eles usam charretes para o transporte e suas casas não dispõem de nenhuma invenção moderna, como eletricidade, telefone ou televisão.
Não, essa não é uma comunidade da Idade Média. Numa das maiores potências industriais do mundo, os Estados Unidos, vive um grupo que se opõe à tecnologia em nome da fé: os Amish.
A seita nasceu na Europa, no século 17, de uma fragamentação entre os menonitas, um dos ramos protestantes surgidos com a Reforma.
Seguindo os princípios estabelecidos pelo suíço Jakob Ammann - amish quer dizer "os seguidores de Ammann" - os fiéis vivem segundo uma interpretação rígida dos preceitos bíblicos, que, entre outras características, propõe uma postura contrária à modernidade e o isolamento em relação a outros povos, considerados infiéis.
A oposição aos costumes predominantes na sociedade é um dos pilares amish. Esse sectarismo fundamenta-se em uma visão própria do Livro Sagrado que não aceita contestação.
Além de avessos ao progresso, os amish só vivem em núcelos rurais, não têm igrejas - reúnem-se em suas próprias casas - e, entre outras particularidades, educam as crianças apenas até o oitavo ano de escolaridade.
Ou seja, são uma comunidade completamente à parte do resto da América do Norte. Foi para lá que o grupo puritano se dirigiu após as perseguições religiosas na Europa.
Atualmente, os cerca de 150 mil amish concentram-se nos Estados Unidos, principalmente no Estado da Pensilvânia, e no Canadá.
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Referências Bibliográficas
Livro
O Enigma da Cultura Amish, de Donald Kraybill, ed.Johns Hopkins University Press, 2001
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