Os essênios, que habitaram a região da Palestina do século 2 a.C. ao primeiro século de nossa Era, eram uma das seitas judaicas existentes no período de surgimento do Cristianismo.
Entretanto, diferenciavam-se das outras correntes do Judaísmo por adotar costumes como o vegetarianismo e abolirem a propriedade privada.
Além disso, viviam em comunidades formadas quase exclusivamente por homens - acreditavam que o casamento ameaçava a vida comunitária e, assim, proibiam a presença de mulheres.
Na época dos essênios, Jerusalém vivia sob o jugo da dinastia helênica dos Selêucidas e, para se afastar do ambiente que consideravam impuro pela influência estrangeira, o pequeno grupo de cerca de 4 mil essênios deixou a cidade e partiu para o deserto.
Liderados por um sacerdote, fundaram, nas proximidades do Mar Morto, em Israel, o monastério de Qumran, onde recuperaria a pureza que lhes garantia a salvação no dia do juízo final.
Em Qumran, o cotidiano dos essênios era guiado por regra rígidas. Segundo o historiador judeu Flávio Josefo, que viveu no século 1 d.C., o dia dos membros da seita começava antes do amanhecer, quando se levantavam para orar.
Em seguida, dedicavam-se ao estudo das Escrituras Sagradas ou ao cultivo de alimentos para a comunidade. Tinham, ainda, um hábito peculiar: antes das refeições, banhavam-se em rituais de purificação.
Essa era uma prática incomum no Judaísmo e pode ter influenciado São João Batista e, mais tarde, a adoção do batismo pelos cristãos.
A associação entre o santo que batizou Cristo e os essênios, aliás, é alvo de constantes especulações: São João Batista fazia seus batismos no Rio Jordão, próximo a Qumran, e tinha um discurso messiânico similar ao da seita.
Alguns crêem até que Jesus tenha entrado em contato com os essênios e bebido de sua doutrina. Os estudiosos, contudo, duvidam dessa ligação. Não há evidênca que comprove o encontro de Cristo comos essênios.
O monastério de Qumran teve seu fim em 68, quando foi arrasado pelo exército romano. A doutrina essênia só renasceu séculos mais tarde, em 1928, com a publicação dos quatro volumes do Evangelho Essênio da Paz, escrito pelo pesquisador húngaro Edmond Szekely, que teve acesso a documentos do arquivo secreto do Vaticano.
O legado mais importante da seita, contudo, ficou enterrado na areia por quase 2 mil anos, até que, em 1947, foram encontrados os Manuscritos do Mar Morto, como foram chamados os textos dos essênios escondidos por eles em cavernas da região - entre os manuscritos, estão as cópias mais antigas do Antigo Testamento.
Hoje, estima-se em 100 mil o número de essênios no mundo, concentrados principalmente nos Estados Unidos. No Brasil, a comunidade reúne cerca de 500 homens e mulheres, a maioria em São Paulo.
Os seguidores modernos não seguem com a mesma rigidez as regras monásticas de seus antecessores. Eles jejuam uma vez por semana e são todos vegetarianos. Mas tem alguns costumes diferentes. Hoje, por exemplo, a participação de mulheres é muito maior, sendo que os cargos de comando, como o sacerdócio, também podem ser ocupados por elas.
Fim.:.
A associação entre o santo que batizou Cristo e os essênios, aliás, é alvo de constantes especulações: São João Batista fazia seus batismos no Rio Jordão, próximo a Qumran, e tinha um discurso messiânico similar ao da seita.
Alguns crêem até que Jesus tenha entrado em contato com os essênios e bebido de sua doutrina. Os estudiosos, contudo, duvidam dessa ligação. Não há evidênca que comprove o encontro de Cristo comos essênios.
O monastério de Qumran teve seu fim em 68, quando foi arrasado pelo exército romano. A doutrina essênia só renasceu séculos mais tarde, em 1928, com a publicação dos quatro volumes do Evangelho Essênio da Paz, escrito pelo pesquisador húngaro Edmond Szekely, que teve acesso a documentos do arquivo secreto do Vaticano.
O legado mais importante da seita, contudo, ficou enterrado na areia por quase 2 mil anos, até que, em 1947, foram encontrados os Manuscritos do Mar Morto, como foram chamados os textos dos essênios escondidos por eles em cavernas da região - entre os manuscritos, estão as cópias mais antigas do Antigo Testamento.
Hoje, estima-se em 100 mil o número de essênios no mundo, concentrados principalmente nos Estados Unidos. No Brasil, a comunidade reúne cerca de 500 homens e mulheres, a maioria em São Paulo.
Os seguidores modernos não seguem com a mesma rigidez as regras monásticas de seus antecessores. Eles jejuam uma vez por semana e são todos vegetarianos. Mas tem alguns costumes diferentes. Hoje, por exemplo, a participação de mulheres é muito maior, sendo que os cargos de comando, como o sacerdócio, também podem ser ocupados por elas.
Fim.:.
Referências Bibliográficas
Livro
O Evangelho Essênio da Paz, de Edmond Szekely, ed. Pensamento, 1997.
Site
www.essene.org
Vídeo-Documentário
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