(Ilha de Sendai depois de uma1h que ocorreu o Tsunami em 2011)
De fato, o mundo sofreu com a tragédia na Ásia, Japão e no sul dos Estados Unidos, nestes últimos 5 anos.
A humanidade ficou atônita - em lugar das mortes provocadas pelas guerras e pelo terrorismo (ou seja, pelos próprios indivíduos), vieram ondas gigantescas fora do controle humano.
(Os Médicos sem Fronteiras foram imprescindíveis na ajuda aos refugiados do furacão Katrina)
A resposta à catástrofe foi imediata - a corrente de ajuda assumiu proporções planetárias sem fazer distinções de raça, cor ou religião.
(Ajuda do Exército Brasileiro para a nação do Haiti depois do trágico terremoto de 2010)
O socorro financeiro partiu de países ricos como o Japão e pobres como Moçambique. É uma regra básica da sociedade moderna a sensação de pertencimento, todos querem participar para não ficar de fora.
Está previsto no Corão o fim de tudo.
(Muçulmanos em oração)
As Escrituras muçulmanas dizem também que todos os seres têm um tempo de vida terrena prefixado, assim como como não é eterna a tolerância de Allah para com os erros humanos.
E se Allah fosse punir os homens pelo que eles cometeram, "Ele não deixaria sobre a superfície da terra sequer uma criatura movente, mas ele tolera-os até um prazo prefixado, e quando este prazo termina, então verdadeiramente Allah é onividente de Seus servos".
Corão 35:45
Cada indivíduo e cada povo deve procurar tirar lições dessas tragédias.
Trata-se de uma grande oportunidade de conhecimento e de reflexão a respeito da fragilidade humana, defendem os muçulmanos.
(Muitas religiões preveem um fim para nosso mundo, mas poucas são tão fatídicas quanto a visão muçulmana desse fim)
O Juízo Final virá diferente, sem aviso. É bom viver com responsabilidade e refletir sobre isso.
Outras tragédias chegarão?
A Humanidade se questiona. Em fevereiro de 2010, inundações de proporções bem menores que o tsunami, mas tão dolorosas quanto, atingiram várias partes do mundo - Paquistão, Venezuela, Austrália.
E o que se seguirá?
(Estamos mais familiarizados ao enredo do apocalipse dos judeus graças a disseminação da Bíblia e da fé cristã)
Para o Judaísmo, de nada valem previsões. Quem quiser saber do futuro que observe o passado e reflita sobre os presente, ensina a doutrina judaica.
Como será o Futuro?
O futuro pode ser alterado se você mudar sua linha de atuação hoje.
Não há uma grama neste mundo que se mova sem a vontade de Deus, afirmam os cabalistas judeus. Moisés, o libertador dos hebreu, por exemplo, teria presenciado a fúria de Iahweh contra o Egito, que mantinha Seu povo na escravidão.
(Vídeo que demonstra as terríveis pragas no Egito, um tipo de apocalipse que se abateu sobre uma nação inteira)
O relato bíblico menciona dez pragas - entre chuvas de pedras e infestações de rãs, mosquitos e gafanhotos. Depois do êxodo e já libertos, contudo, os hebreus passaram a adorar imagens de ouro e afastaram-se da fé original.
O mesmo Moiséis lhes disse: "...tomo hoje o Céu e a Terra como testemunhas contra vós: sereis depressa e completamente exterminados da face da terra da qual ides tomar posse ao atravessar o Jordão.
"Não prolongareis os vossos dias nela, pois sereis completamente aniquilados. Iahweh vos dispersará entre os povos, e restará de vós apenas um pequeno número entre as nações às quais Iahweh os tiver conduzido (...) Na tua angústia, todas estas coisas te atingirão; no fim dos tempos, porém, tu te voltarás para Iahweh, teu Deus, e obedecerás à tua voz, pois Ele é um Deus misericordioso: não te abandonará e não te destruirá..."
Deuteronômio 4:26-27 e 30-31
Como entender as intenções divinas, então?
(O sofrimento como meio de redenção e perdão é uma das grandes e únicas explicações para as tragédias que nos acometem desde o surgimento da raça humana)
A pergunta de Jó ao Criador continua a ecoar.
"Por que fizeste de mim um alvo para ti?"
Essas questões ainda esperam uma resposta, os desígnios divinos permanecem um mistério.
Não adianta buscar na criação um sentido teológico evidente. Para os ecologistas, por exemplo, a natureza reage violentamente às ações irresponsáveis e predatórias do homem.
Aqui se faz e aqui se paga?
Não, talvez não seja essa a lógica.
De acordo com Milton, as religiões raciocinam com base numa matriz apocalíptica, ou seja, na certeza de um fim dos tempos, e não precisam comprová-la.
No cotidiano, convive-se de forma equilibrada com aquelas questões, mas é em momentos como destes últimos 5 anos, de crises, que esse equilíbrio corre riscos.
Nesse instante, só pode entrar em cena a fé...
Fim.:.