segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Fé, Santo Remédio - Parte 3



As religiões fazem com que a pessoa descubra que ela não é apenas um corpo doente, mas um ser inteiro que possui alma.

Essa alma também precisa de uma fonte de energia, assim como o corpo precisa de medicamentos. É aqui que entra a fé – e os rituais de cura, que variam de crença.


Pode ser um passe, uma missa celebrada exclusivamente para os enfermos, um mantra específico...

Conheça alguns exemplos:


Budismo – As doenças são vistas como a manifestação de um carma. Então, a medicina budista atua em três frentes: a dármica, que leva à purificação do carma por meio de ações, pensamentos e palavras virtuosas; a somática, que trabalha o equilíbrio por meio dos elementos vitais e de outros tratamentos naturais, como à base de ervas; e a tântrica, baseada no processo meditativo.


Catolicismo – Muitas paróquias, especialmente as carismáticas, promovem missas de cura, em que todo o rito é dirigido especificamente para os doentes. Há também o sacramento da unção dos enfermos, ministrado como alívio para o sofrimento e força para o espírito.


Espiritismo – A causa das doenças estaria no espírito. Por isso, o doente pode ser encaminhado para tomar passes ou para sessões de desobsessão. Há ainda as cirurgias espirituais, que médiuns, incorporados por médicos já mortos, operam doentes – mas é uma prática controversa mesmo entre os adeptos.


Igreja Messiânica – Os enfermos participam de sessões de Johrei, método de irradiação de energia por meio das mãos. O ministrante irradia ondas de luz que eliminam as impurezas, revitalizando a força natural de recuperações do doente.



Judaísmo – Os grupos de Healing (cura) reúnem-se semanalmente para meditar (acreditam que a prática seja um apoio no processo terapêutico), entoar salmos e orar – em hebraico – pelos doentes. Os integrantes também fazem visitas aos enfermos.


Neopentacostalismo – As igrejas evangélicas costumam promover sessões de “libertação” ou “descarrego”. Para os fiéis, algumas doenças podem ser resultado da ação de Satanás e, nas sessões, ele será exorcizado pelo pastor.


Umbanda – O processo de cura consiste em transferir o encosto do corpo do afetado para o médium. São ainda usados banhos de ervas, descargas de pólvora, defumações e outros recursos. Nem sempre, contudo, é necessária a presença de um sacerdote ou um líder espiritual para que o paciente direcione sua fé a serviço da própria cura.


A meditação, cujo maior objetivo é acalmar a mente, costuma ser praticada individualmente e está presente em várias crenças por promover um verdadeiro mergulho na consciência individual, o que faz a diferença no processo de recuperação da saúde física, emocional ou espiritual.

Ninguém é capaz de promover um milagre a não ser a própria pessoa, por meio de sua conexão à religião.

Como disse o grande apóstolo São Tiago:

Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” - Tiago 5:16

Os Resultados

Para a medicina a cura pela fé é controversa, uma vez que não há estudos científicos conclusivos a respeito. A maioria dos médicos admitem, porém, que crer é fator fundamental no tratamento – aqueles que cultivam a religiosidade têm mais força para enfrentar a doença e, por isso, ficam bons mais rápido.


Não há uma explicação médica para as curas milagrosas. A maioria dos casos, se forem estudados cuidadosamente, talvez, revele remissão espontânea da doença, algo natural do organismo que nada tem a ver com milagre, pois ainda não conhecemos completamente as funções regenerativas do organismo que ocorrem naturalmente em vários setores do corpo, quando muito solicitados, como por exemplo, áreas do cérebro, dos músculos, ossos ou da derme.

 
Para os cientistas religiosos, porém, existe um toque divino nas recuperações surpreendentes, sim.

Para as diversas religiões, como a cura é uma dádiva dos Céus, depois de vencer a doença, o indivíduo deve partilhar a graça que recebeu com os semelhantes, praticando o bem.


Trata-se de uma relação de troca. Quem foi curado acaba retribuindo o benefício. Afinal, em geral não se trata apenas de livrar-se da enfermidade, mas também de reafirmar amizades, reatar laços familiares e receber a solidariedade alheia.

O ser humano precisa se sentir amparado e curado. Isso é vital.

Ao recebermos essa segurança de que podemos contar com uma entidade superior, é possível mobilizar uma força interna que pode transpor qualquer barreira.

Mais do que um dito popular, para quem acredita, a fé é de fato, um santo remédio!

FIM.:.

Referências Bibliográficas

Livro

Milagres Que a Medicina Não Contou, Dr. Roque Marcus Savioli, ed. Gaia, 2006

Sites

www.Cancaonova.com

www.shalom.org.br/healing/

www.sbee.org.br

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