Trabalhamos incansavelmente neste ano para trazer à vocês informações acessíveis sobre teologia e misticismo.
Nosso desejo é que as barreiras que distanciam os homens e suas crenças possam ser derrubadas por algo maior e melhor: A paz entre os homens de boa vontade!
E para isso, nada melhor do que compreender aquilo que nos parece estranho, mas agora, com a luz da informação, toleramos com mais tranquilidade, percebendo que aceitar a fé do outro não denigre a nossa própria.
Assim, caminhamos neste ano e continuaremos no próximo.
Mas todo mochileiro tem que fazer algumas paradas na jornada de vez em quando...
Então, agora é hora da minha parada, e por isso, estaremos de recesso durante o mês de Dezembro, prometendo voltar e trazer em nossa bagagem, novos estudos e temas interessantes sobre o mundo teológico em 2014.
A Torre da Coruja deseja a todos os curiosos e estudantes do misticismo um ótimo ano e um feliz natal!
Um abraço a todos os nosso visitantes e, no ano que vem, estaremos aqui novamente!
Ele deveria revelar à humanidade que a Era da Luz, de prosperidade, paz e saúde, iniciava-se, pondo fim à Era da Noite, de pobreza, conflito e doença.
Meishu-Sama constatou que o Mundo dos Céus na Terra, tão esperado pela humanidade e apregoado anteriormente por outras crenças, havia começado no dia da visão, em 15 de junho de 1931.
A Doutrina
Nesse mundo, as pessoas se ajudariam mutuamente, viveriam em harmonia com a natureza e teriam pleno acesso às artes.
(Solo Sagrado de Guarapiranga - SP)
Esta é a descrição do Paraíso para os messiânicos: uma terra da Verdade, do Bem e do Belo.
A Verdade seria viver conforme a lei de que o espírito viria antes da matéria. Assim, toda manifestação física, como a doença, teria sua origem primeiro no plano espiritual.
(Cerimônia religiosa em comemoração ao aniversário do Solo Sagrado)
O Bem estaria no altruísmo e o Belo seria a Verdade em forma concreta, ou seja, as manifestações artísticas com as quais o autor se preocupe em passar a boa vibração de seu espírito.
Para chegar a esse mundo ideal, porém, Okada definiu que a humanidade deveria seguir três colunas de salvação: O Johrei, ou seja, a transmissão da luz divina para o reequilíbrio pleno do próximo...
(Aprenda e entenda o que é o Johrei)
...o cultivo e o consumo de alimentos sem agrotóxicos e hormônios...
(Membros messiânicos aprendendo o cultivo sem agrotóxicos)
...e a busca do Belo, traduzida na prática de atividades criativas como a ikebana (arranjo floral) e o coral.
(Sessão de Ikebana onde os membros messiânicos aprendem a fazer arranjos florais e concentrar suas energias mentais no Bom e Belo)
A Igreja Messiânica se propõe a ser mais que uma religião: quer imprimir uma filosofia de vida, baseada na alimentação natural e no incentivo às artes.
Para alcançar os diversos aspectos do cotidiano das pessoas, a Igreja teve de se desdobrar.
(Korin leva produtos naturais frescos ou in natura do agricultor até o consumidor final com preços acessíveis)
Abriu-se, então, a empresa Korin, cujos produtos orgânicos estão a venda até em redes de supermercado.
(Incentivo público e privado são a garantia para manter as atividades da Igreja Messiânica aberta ao público)
E, para administrar o lado artístico, foi criada a Fundação Mokiti Okada, que recebe patrocínio público e privado para manter suas atividades. A implantação desses braços traz embutido o objetivo maior da Igreja Messiânica: construir, aqui e agora, o Paraíso terrestre.
(Flores, alimento, hospedagem e pesquisa são ofertados ao público de forma gratuita ou acessível)
Como fundação ou empresa, a crença consegue transpor barreiras religiosas para espalhar sua filosofia. Fiéis de quaisquer credo podem ministrar e receber Johrei e fazer ikebanas.
Os Rituais
Uma música instrumental toca ao fundo, enquanto os fiéis fazem reverência a um quadro composto de cinco ideogramas.
É como identificam a presença de Deus.
Oferecem a Ele arroz, sal e água.
(O Altar da Igreja Messiânica)
Também no altar há uma foto do líder Meishu-Sama e uma ikebana. Tudo pronto para começar o culto messiânico. Os membros entoam a Oração Amatsu-Norito, uma espécie de mantra em japonês arcaico que pede a purificação do espírito.
(Oração Amatsu na entrada da sede do Templo em Guarapiranga - SP)
Costumam também rezar a Oração dos Messiânicos, em português, e o Pai-Nosso cristão.
(Ministro abrindo a celebração)
Em seguida, o ministro (o dirigente da cerimônia) faz um Johrei coletivo. Lê e interpreta um ensinamento de Meishu-Sama. E uma canção dos messiânicos, que renova o compromisso de construir o Paraíso Terrestre, então encerra-se o culto.
(O Johrei coletivo onde todos recebem a energia de cura e luminosa do ministro escalado)
A cerimônia, que dura cerca de 40 minutos, ocorre mensalmente. É o único compromisso coletivo dos messiânicos. Para os fiéis, sermões não valem nada se não houver a prática do Johrei.
Os membros são orientados a ajudar dez pessoas diariamente. Muitos deixaram suas profissões e se dedicam a ajudar seu semelhante em hospitais ministrando o Johrei.
(Fiel executando o Johrei e ofertando uma pequena ikebana nas ruas de São Paulo)
Entre as práticas dos fiéis estão ainda a dedicação monetária (oferecer dinheiro como forma de gratidão pelas graças divinas) e a leitura dos ensinamentos de Meishu-Sama.
(Os benefícios do Johrei)
O pragmatismo da Igreja Messiânica e os benefícios do Johrei atraíram o povo brasileiro. O sucesso da crença está no tratamento alternativo e na cura de doenças físicas e psíquicas.
O último Censo de 2012, apontou que a Igreja tinha 112 mil adeptos no País.
Segundo as várias religiões, a alma - do latim anima, que significa "sopro", "o que anima" - seria a centelha divina no corpo, o sopro de Deus que lhe dá vida e que estaria presente em todos os homens.
Nesse sentido, englobaria os aspectos consciente, intelectual e psicológico do ser humano, manifestando-se por meio da personalidade de cada um.
Além disso, seria imaterial e, portanto, sem cor, forma ou peso.
Entretanto, embora concordem nesses aspectos, não há, de fato, um consenso entre as crenças sobre o que realmente seja a alma.
(O ciclo da vida na filosofia dos Rosa-Cruzes)
Um ponto em que os credos divergem, por exemplo, é em relação à imortalidade da alma. A maioria das religiões, como no caso do Catolicismo, Espiritismo e Islamismo, creem que ela sobreviveria à morte, pois se trataria de uma entidade independente do corpo.
(A divisão da alma para os teósofos)
Para os teósofos, por exemplo, a alma e corpo se subdividiriam em 7 partes, onde cada parte regeria um princípio das atitudes e desenvolvimento do Homem. Aqui, Alma e Espírito fazem parte das muitas partes do corpo humano. Para que o homem atinja sua iluminação ou salvação, o encarnado necessita se desenvolver plenamente através de uma consciência de que ele é uma parte de Deus.
(A Alma para os egípcios era um fragmento do corpo onde habitava apenas as emoções e um tipo de intelectualidade baixa como a vontade de comer ou as necessidades básicas de sobrevivência. Ela era a parte animal do homem)
A concepção de alma denota a existência de algo individual, imaterial e dotado de vida no plano espiritual.
Ela representaria o princípio inteligente do universo, em oposição ao aspecto material igualmente criado por Deus.
O que somos em nossa essência independe da matéria e, dessa forma, não desaparece com a sua desfragmentação. Tal crença baseia-se no pensamento do filósofo grego Platão, para quem o corpo seria a prisão da alma.
(Platão, filósofo e matemático da Grécia Antiga)
Segundo ele, apenas na hora da morte a alma ficaria livre para ascender ao mundo das idéias. Assim, mesmo após a degeneração do corpo, ela permaneceria consciente.
(A tricotomia: Corpo, Alma e Espírito na filosofia judaico-cristã)
Contrapondo-se a esse ideia, aparece a filosofia hebraica dos tempos bíblicos, segundo a qual, o corpo, alma e espírito formariam uma unidade indissociável.
Como um não poderia viver sem o outro, a alma deixaria de existir após a morte.
Os adventistas e testemunhas de Jeová, por exemplo, incorporam essa visão às suas doutrinas.
(A existência da alma é o resultado do corpo vivo na filosofia dos Adventistas)
De acordo com Gênesis 2:7 foi da combinação do corpo material com o fôlego da vida que o Criador fez a alma vivente. O homem não possui uma Alma, ele é, em si mesmo, a alma criada por Deus, asseveram.
Outro ponto discordante entre as crenças refere-se aos conceitos de alma e espírito.
Umbanda e Catolicismo os tomam como sinônimos.
(A divisão alma-espírito para o Espiritismo)
Já para o Espiritismo e os Teósofos, existe uma diferenciação, para fins didáticos, em que a alma seria o próprio espírito, porém só quando este se encontra ligado à matéria durante os processos reencarnatórios.
Para muitos estudiosos, contudo, essa discussão é irrelevante.
As noções de alma ou espírito, criadas pelas religiões, representam o complexo formado por consciência, sensações, instintos e moral.
(Conceitos de Espírito ou Alma seriam irrelevantes, pois no final, somos energia desprendidas da energia maior que é Deus, em constante transformação)
Trata-se, portanto, dos componentes não materiais da nossa personalidade.
Nesse sentido, o conceito de alma só teria perdurado ao longo da história porque seria um símbolo integrante do imaginário religioso.
Ele facilita a compreensão de aspectos da vida que extrapolam a linguagem racional, ajudando o homem a colocar-se diante do mistério. .:.
Fundada no Japão, a Igreja Messiânica Mundial pretende transformar o planeta no mundo ideal. Uma miniatura do que seria uma terra de paz, saúde e prosperidade já existe no Brasil.
(Solo Sagrado em Guarapiranga, interior de São Paulo - escadaria arco-íris)
Pássaros voam pelos ipês roxos, enquanto saguis, quatis e tatus, atraídos pelas árvores frutíferas, completam a paisagem.
(Um dos muitos caminhos do Solo Sagrado para meditação do fiel)
O passeio pela escadaria do arco-íris, como é chamado o caminho formado por canteiros de flores coloridas, do vermelho ao violeta, permite experimentar um momento de reflexão e tranquilidade.
(O Templo Aberto no Solo Sagrado)
É a passagem para chegar ao templo a céu aberto, onde o contato com o Deus único parece ainda mais forte. Entre os frequentadores do local, a atmosfera é de amizade: há sempre "uma balinha para adoçar o dia" do próximo.
(A Igreja Messiânica é reconhecidamente uma das vertentes religiosas que mais respeita a natureza e entende o quanto ela é importante para o equilíbrio do ser humano quanto indivíduo espiritual)
Trata-se de um ambiente onde se respeita a natureza e o semelhante. Um lugar de paz, sem disputas entre as pessoas ou conflitos religiosos.
O Paraíso na Terra?!
Sim, a ideia é essa.
Construí-lo aqui e agora é o objetivo da Igreja Messiânica Mundial.
(O início da obra missionária no Brasil até o Templo Aberto no Solo Sagrado em Guarapiranga, um caminho de 50 anos!)
Há 50 anos no Brasil, a crença de origem japonesa já conseguiu pôr em prática tal projeto.
(O Solo Sagrado, vista panorâmica do complexo onde residem jardins, dormitórios, salões de festa e locais apropriados de culto e meditação)
O Solo Sagrado, um pedacinho do que seria esse mundo ideal, está a 35 quilômetros do centro da maior metrópole brasileira, às margens da Represa de Guarapiranga, na capital paulista.
(Mokiti Okada, Fundador da Igreja Messiânica)
A busca pela concretização do Paraíso, porém, começou do outro lado do planeta, na Terra do Sol Nascente. Em 1935, a Igreja foi fundada pelo empresário Mokiti Okada.
(O Terremoto do Japão em 1923 arrasou várias cidades dentre elas Kwanto)
Na época, o Japão vivia uma crise econômica e social. O povo passava fome e sofria com diversas doenças em consequência do terremoto de 1923, da quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, e da Segunda Grande guerra.
(A quebra da Bolsa de Valores de Nova York desempregou milhares de trabalhadores e seus efeitos se estenderam por mais de 5 anos após a crise)
Diante desse cenário infernal, um amigo relata a Okada um sonho: uma pedra caía no lado da casa do fundador, o círculo formado expandia-se ao tamanho do mundo e começava a engolir as pessoas.
(Mokiti Okada exercendo o Meishu-Sama)
Para o empresário, tratava-se de uma mensagem divina: ele seria o messias de um novo mundo, no qual a pedra do Paraíso se estenderia a todos os seres.
Um belo documentário conduzido pelo History Channel derrubando os preconceitos sobre uma das mais antigas religiões do mundo. Aprenda mais sobre os bruxos modernos.
É da natureza humana a busca de
experiências com o Sagrado. O problema é que, muitas vezes, essa busca
mistura-se com um certo individualismo, no qual as pessoas querem cada uma a
“sua” experiência, a qualquer custo. E a experiência do Espírito Santo precisa
servir para a edificação de uma comunidade de fé, não de um indivíduo isolado.
E para quem quer vivenciar esse
espírito divino, não é preciso muito.
Diz-se que, onde os fiéis cristãos
estão reunidos, o Espírito Santo faz-se sempre presente. Afinal, sua maior
missão é justamente guiar a Igreja e seus integrantes. Seus planos e intenções,
porém, continuam um mistério impossível de desvendar.
Mas para quem tem fé, vale a pena
munir-se de amor – o maior dos maiores dons do Espírito – e deixar-se levar por
este guia invisível.
Como ensinou Jesus: “O vento sopra
onde quer, e tu ouves sua voz, mas não sabes nem de onde vem, nem para onde vai.
Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito”.
Os Sete Dons do Espírito Santo
No Novo Testamento, o Espírito Santo
teria presenteado os primeiros cristãos com diversos dons, que deveriam ser
usados para o benefício da comunidade e na missão de evangelizar o mundo.
(Dons do Espírito Santo)
Os que foram agraciados teriam
experimentado sensações que variavam da coragem ao poder de operar milagres, da
sabedoria ao falar em línguas.
São Paulo lembrou que todos são
portadores de dons divinos e, independentemente de quais sejam eles, a
finalidade é sempre a mesma: “Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito
para a utilidade de todos” (1Co 12:7)
Eis alguns dos principais dons
citados na Bíblia:
Sabedoria: Os amadurecidos na fé são
contemplados por uma sabedoria que não provém deste mundo ou de suas autoridades.
Trata-se da sabedoria de Deus – misteriosa, escondida e destinada a levar os
homens à sua glória (1Cor 2:16)
Discernimento: é a capacidade de
distinguir entre os ensinamentos corretos e errados, entre os dons que provêm
ou não de Deus. (1Co 12:10)
Profecia: Permite aos homens
professarem a fé que depositam em Deus, fazendo-se compreender, servindo de
consolo aos demais e edificando a comunidade (1 Co 14:1-5)
Cura: Assim como os demais dons,
serve para promover o bem das pessoas (1Co 12:28)
Liderança: Capacita os indivíduos a
tornarem-se líderes das comunidades, agindo de maneira eficiente (1Co 12:28)
Glossolalia: Leva aos fiéis a
falarem em línguas estrangeiras e desconhecidas por eles. É importante, porém,
que a mensagem seja compreendida e interpretada (At 2:1-4; 1Co 14:1-5)
Amor: O sentimento que está acima de
todos os dons e que o ser humano deve sempre almejar (1Co 13).
De Onde vem o Espírito Santo?
A questão da procedência do Espírito
Santo é tão polêmica que, em 1504, foi um dos fatores que determinaram o cisma
entre os cristãos, dividindo-os entre latinos e ortodoxos.
(O Cisma da Igreja que a partir de 1504 foi dividida em
Igreja Bizantina e a Igreja Romana)
Nas igrejas do Oriente, afirma-se
que a terceira pessoa da Trindade provém de Deus pelo Filho. Esta discussão
complexa remonta ao século 4, quando começou a ser elaborado o Credo
Niceno-Constantinoplano (referente aos concílios ecumênicos de Nicéia e
Constantinopla) – uma das muitas sínteses sobre a fé cristã, rezada ainda hoje.
Um dos trechos da oração diz:
“Creio no Espírito Santo, que do Pai
procede, e com o Pai e o Filho é adorado e vivificado.”
(Um dos vários concílios feitos na Espanha medieval para decidir se o
Espírito Santo era divino e de quem provinha)
Entre os anos 400 e 600, diversos
concílios regionais realizados na Espanha decidiram fazer um acréscimo no credo
e incluíram a expressão latina filioque, que significa “e do Filho”.
A Igreja Católica romana aceitou a
mudança, mas as igrejas do Oriente a rejeitaram, o que levou ao cisma.
Mesmo para muitos católicos
ortodóxicos, dizer que o Espírito Santo vem do Filho é um erro doutrinário. O
acréscimo do filioque foi estabelecido por um sínodo local, na Espanha,
para justificar uma defesa maior da Trindade. Mas contraria a decisão de um
concílio ecumênico, que se baseou no que o próprio Jesus disse no Evangelho
(João 14:26). "...mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em seu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito."
(Igreja Católica Ortodoxa onde seus maiores adeptos se encontram na Grécia e Russia)
No século 15, o Concílio de Florença
tentou resolver o impasse com a seguinte fórmula: dizer que o Espírito Santo procede do Pai
através do Filho, ou pelo Filho.
Na prática, não deu certo.
Mas as tentativas de diálogo entre
as igrejas podem, um dia, dar um fim à polêmica.
Os teólogos orientais e ocidentais
perceberam que se trata de um problema metodológico e não teológico, não
justificando um cisma entre os católicos.
Presença Poderosa no Hoje e Agora
“Vem Espírito Santo, vem!” - cantam
em coro os mais de 300 integrantes do grupo Canção Nova, formado por leigos da
Renovação Carismática Católica (RCC).
(Adoradores da Canção Nova em Cachoeira Paulista em 2013)
Todas as quintas-feiras, homens,
mulheres e crianças se reúnem numa casa de evangelização, no bairro para duas horas de cantos, sermões e orações.
Ao som das guitarras, de mãos para o
alto e a plenos pulmões, eles anunciam o principal motivo do encontro:
“Nós queremos te louvar, te
bendizer, Espírito Santo!” - e assim eles fazem.
Para louvar o Espírito Santo, o
grupo sabe que carinho e alegria são importantes. É com esses ingredientes que
os voluntários da Canção Nova recebem os fiéis, a partir das 19 horas, antes de
começar o culto.
(Voluntários da Canção Nova sempre alegres e presentes para ajudar aos visitantes)
A recepção contagia os
recém-chegados. A emoção é tanta que muitos voltam. Quando os fiéis ali os olham, os rostos são de alegria e de paz, não de tristeza e angústia, e você
sente a presença do Espírito Santo.
Mas essa não é a única forma que o
grupo encontrou de vivenciar a presença da terceira pessoa da Trindade. Nos
encontros semanais, é comum ouvi-los realizando a chamada “oração em línguas”.
As palavras proferidas soam
estranhas e são ditas de um jeito único por cada fiel. Eles afirmam ser um dom
do Espírito Santo: “orar na língua dos anjos", afirmam.
(Padre Jonas ensina como orar em Línguas)
Aqueles que costumam orar em línguas
descrevem o ato como uma conversa íntima com Deus, na qual as palavras são
compreendidas apenas por Ele e proferidas graças à interferência do Espírito
Santo.
Este tipo de oração é também
considerado o primeiro passo para se obter uma série de outros dons concedidos
pelo Espírito divino. Dons que todos os presentes garantem experimentar
constantemente.
Para os fiéis carismáticos, seria o
Pai manifestando Seu pleno amor por meio de Seu Espírito.
Fim.:.
Referências Bibliográficas
Livros
A Mão Esquerda de Deus: Uma
Biografia do Espírito Santo, de Adolph Holl, ed. Rosa dos Ventos, 2003.
O Espírito Santo nas Sagradas
Escrituras, de Luis Eriberto Ribas, ed. Paulinas, 2001.
Iniciaremos a partir de hoje, uma série de matérias com os principais documentários da Discovery Channel onde poderemos estudar, de forma sintética e didática, as principais religiões do mundo.
Hoje, estudaremos sobre o Hinduísmo, como surgiu e se disseminou, uma das mais antigas religiões do mundo.
O mistério que envolve o Espírito Santo, no Novo Testamento, aos poucos se desvanece.
O Messias nasce pela ação dele e, já adulto, em seu batismo, percebe que seu destino está entrelaçado ao do Espírito Santo. "Logo que Jesus saiu da água, viu o céu rasgar-se e o Espírito, como pomba, desceu sobre ele", diz a Bíblia.
Essa
descrição reforça a ideia de Jesus como a casa ou templo no qual
repousa o Espírito. Pode-se afirmar que o Espírito Santo constitui a
pessoa pública de Jesus: está ao mesmo tempo na boca e nas palavras dele,
mas também nos ouvidos e no entendimento de seus interlocutores.
Com
a morte do Messias porém, o Espírito Santo continuou agindo e tornou-se
cada vez mais participativo na vida dos cristãos. A Bíblia conta que
Maria e os apóstolos estavam reunidos em Jerusalém por ocasião do feriado
de Pentecostes quando desceram sobre eles línguas de fogo que os
fizeram falar em idiomas estrangeiros.
(O dia do Pentecostes)
Pessoas
de várias nações ouviam em suas línguas maternas ser proferidas pelo
grupo e a notícia se espalhou: era o Espírito Santo, que fora prometido
por Jesus e derramava-se sobre a comunidade com a intenção de
conduzi-la.
Para
os teólogos e religiosos, as Línguas de fogo podem ser uma metáfora para
iluminação e purificação. Simbólica ou não, é evidente que a
experiência de Pentecostes foi fundamental para o crescimento da
comunidade cristã primitiva.
(Os Primeiros Cristãos em Roma, afresco encontrado numa das muitas catacumbas usadas nos momentos de cultos)
Inspirados
pelo Espírito Santo, os primeiros cristãos deixaram o medo de lado e
encontraram forças para professar suas crenças em meio às perseguições
do Império Romano.
Muitos pediam-lhe forças para não negar sua fé diante das ameaças de morte. Era considerado o “Socorro da
comunidade” ou paráclito (defensor, advogado). Os mártires também o viam como
instrutor e conselheiro. Sempre que tinham de tomar uma decisão, consultavam
antes o Espírito Santo.
(Locais de encontro dos primeiros cristãos em Roma, onde eram transmitidos ensinamentos e instruções de forma oral. Com o tempo vieram as epístolas ou cartas dos apóstolos e, finalmente, alguns evangelhos começaram a se espalhar. Entretanto, pouquíssimos cristãos sabiam ler, por isso, ouviam e decoravam alguns trechos dos Salmos ou das epístolas)
Nos primeiros anos do Cristianismo,
embora a comunidade cristã experimentasse o Espírito de Deus, não havia estudos
nem muitas reflexões sobre ele.
Mas em 381, no Concílio de
Constantinopla I, foi firmada sua posição na Trindade. Foi postulado que o
Espírito Santo possui a mesma honra, a mesma glória e a mesma adoração que o
Pai e o Filho. Quer dizer, o Espírito Santo é Deus como o Pai e o Filho.
O Espírito Hoje
Com o passar do tempo, as reflexões
se concentraram mais na figura de Jesus Cristo e os fiéis já não percebiam
tanto o “lado esquerdo” de Deus.
Com o advento do chamado pensamento
moderno, o mundo tornou-se demasiado racionalista, afugentando tudo o que era
misterioso, e o Espírito Santo adormeceu.
(Prédio nos Estados Unidos que abrigou o movimento pentecostal)
O despertar veio com o movimento
pentecostal, no início do século 20, e posteriormente com o Neopentecostalismo,
que voltaram a acentuar a importância do Espírito divino.
A Igreja Católica, com a Renovação
Carismática, seguiu esse exemplo.
(Parecem evangélicos, mas é uma reunião católica onde muitos cristãos ali esperam a descida do Espírito Santo em suas vidas)
Atualmente, em muitos cultos e
missas, é comum ver fiéis buscando ser contemplados com os dons do Espírito
Santo, como falar em línguas diversas, profetizar e curar.
Algumas igrejas também convidam os
adeptos a fazer um segundo batismo, em nome apenas da terceira pessoa da
Trindade.
(A manifestação do Espírito na vida do cristão que O recebe é percebida como uma mudança de autoestima e autoconfiança onde a coragem e o conhecimento são elementos reconhecidos pelos outros)
O batismo no Espírito Santo seria um
revestimento de poder. Ele capacitaria a pessoa a desempenhar sua fé com mais
qualidade. Ao se submeter a essa experiência, o fiel pode vivenciar emoções
variadas, entre elas, o falar em línguas.
Embora sejam muitas vezes criticadas
e vistas com ceticismo, essas vivências são consideradas legítimas.