Segundo as várias religiões, a alma - do latim anima, que significa "sopro", "o que anima" - seria a centelha divina no corpo, o sopro de Deus que lhe dá vida e que estaria presente em todos os homens.
Nesse sentido, englobaria os aspectos consciente, intelectual e psicológico do ser humano, manifestando-se por meio da personalidade de cada um.
Entretanto, embora concordem nesses aspectos, não há, de fato, um consenso entre as crenças sobre o que realmente seja a alma.
(O ciclo da vida na filosofia dos Rosa-Cruzes)
Um ponto em que os credos divergem, por exemplo, é em relação à imortalidade da alma. A maioria das religiões, como no caso do Catolicismo, Espiritismo e Islamismo, creem que ela sobreviveria à morte, pois se trataria de uma entidade independente do corpo.
(A divisão da alma para os teósofos)
Para os teósofos, por exemplo, a alma e corpo se subdividiriam em 7 partes, onde cada parte regeria um princípio das atitudes e desenvolvimento do Homem. Aqui, Alma e Espírito fazem parte das muitas partes do corpo humano.
Para que o homem atinja sua iluminação ou salvação, o encarnado necessita se desenvolver plenamente através de uma consciência de que ele é uma parte de Deus.
(A Alma para os egípcios era um fragmento do corpo onde habitava apenas as emoções e um tipo de intelectualidade baixa como a vontade de comer ou as necessidades básicas de sobrevivência. Ela era a parte animal do homem)
A concepção de alma denota a existência de algo individual, imaterial e dotado de vida no plano espiritual.
Ela representaria o princípio inteligente do universo, em oposição ao aspecto material igualmente criado por Deus.
O que somos em nossa essência independe da matéria e, dessa forma, não desaparece com a sua desfragmentação. Tal crença baseia-se no pensamento do filósofo grego Platão, para quem o corpo seria a prisão da alma.
(Platão, filósofo e matemático da Grécia Antiga)
Segundo ele, apenas na hora da morte a alma ficaria livre para ascender ao mundo das idéias. Assim, mesmo após a degeneração do corpo, ela permaneceria consciente.
(A tricotomia: Corpo, Alma e Espírito na filosofia judaico-cristã)
Como um não poderia viver sem o outro, a alma deixaria de existir após a morte.
Os adventistas e testemunhas de Jeová, por exemplo, incorporam essa visão às suas doutrinas.
(A existência da alma é o resultado do corpo vivo na filosofia dos Adventistas)
De acordo com Gênesis 2:7 foi da combinação do corpo material com o fôlego da vida que o Criador fez a alma vivente. O homem não possui uma Alma, ele é, em si mesmo, a alma criada por Deus, asseveram.
Outro ponto discordante entre as crenças refere-se aos conceitos de alma e espírito.
Umbanda e Catolicismo os tomam como sinônimos.
(A divisão alma-espírito para o Espiritismo)
Já para o Espiritismo e os Teósofos, existe uma diferenciação, para fins didáticos, em que a alma seria o próprio espírito, porém só quando este se encontra ligado à matéria durante os processos reencarnatórios.
Para muitos estudiosos, contudo, essa discussão é irrelevante.
As noções de alma ou espírito, criadas pelas religiões, representam o complexo formado por consciência, sensações, instintos e moral.
(Conceitos de Espírito ou Alma seriam irrelevantes, pois no final, somos energia desprendidas da energia maior que é Deus, em constante transformação)
Trata-se, portanto, dos componentes não materiais da nossa personalidade.
Nesse sentido, o conceito de alma só teria perdurado ao longo da história porque seria um símbolo integrante do imaginário religioso.
Ele facilita a compreensão de aspectos da vida que extrapolam a linguagem racional, ajudando o homem a colocar-se diante do mistério.
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