sábado, 2 de abril de 2016

Hierarquia Angelical - Parte 1

(Esses seres sempre apareceram em todas as mitologias dos povos antigos. No estudo teológico são seres que acompanham e obedecem a Deus conforme suas determinações na regulação e manutenção da ordem do Universo.)

Os anjos, para os católicos, são os mensageiros divinos. Organizam-se em nove coros, cada qual com sua função.

A palavra "anjo" vem do grego aggelos e do latim ángelus, que significam mensageiro. 

A tradição judaico-cristã consagrou os anjos como seres espirituais que fazem a relação entre Deus e os homens.


(No decorrer do tempo os anjos ganharam vários status e formas. Na Idade Média representavam-nos como crianças, sem haver de fato uma explicação plausível para isso. Rafael Sanzio foi um dos maiores pintores renascentistas que retratou anjos em suas obras. As sociedades secretas ensinam que, como os pintores eram iluminatis e, a visão dessas sociedades secretas eram opostas as doutrinas católicas sobre esse tema, então eles ridicularizavam a visão católica pintando seres infantis e sem ação no mundo humano. Como quem via não entendia a mensagem, pressupunha-se que queriam representar a pureza dessas criaturas.)

São citados em diversas passagens bíblicas, porém apenas três anjos recebem nomes próprios: Gabriel, Miguel e Rafael.

Com a influência da cultura do Império Persa (539 a 331 a.C.), que tratava Deus como um ser distante da humanidade, as interpretações das Escrituras Sagradas passaram a considerar a importância de seres que ligassem o humano ao divino. 

(Acima, a mais antiga representação de anjos católicos já encontrada. É uma imagem que mostra um anjo alado onde foi pintado em afresco numa cripta chamada de Sarcófago do Príncipe em Istambul, descoberto em 1930. Acredita-se que é do tempo de Teodósio, 379-395 d.C.)

Os nove coros de anjos foram citados no Antigo e Novo Testamentos, mas foi o teólogo italiano Tomas de Aquino quem organizou as hierarquias, especificando características e funções. 

Apesar de não haver um documento que oficialize tal divisão na doutrina católica, a cultura popular se baseia na organização feita deste estudioso. 

(São Tomas de Aquino (1225-1274) foi o primeiro sacerdote católico a se interessar pelo tema e tentar organizá-lo através dos escritos canônicos da Bíblia.)

A disciplina Angeologia é ensinada em qualquer curso de Teologia, não importando a procedência ou a inclinação da escola teológica. No entanto, a divisão utilizada para o ensino é a de Aquino.

Outras divisões menos famosas foram feitas e são utilizadas em outros seguimentos espirituais como a divisão da Cabala e da Maçonaria. 

(Os hebreus sempre reconheceram os anjos ou gênios como entidades a serviço de Deus e ajudadores dos homens. Foram denominados pelos hebreus de Malakl que significa mensageiro. Os cabalistas acrescentaram as terminações iah, el, ael, iel representando-os como atributos de Adonai. Constituíram 72 grupos de anjos dos quais se desdobraram em 365 se distribuindo um para cada dia do ano. Os cabalistas não representam os anjos como figuras humanas, sua representação é sagrada e somente um cabalista sabe invocar ou entender o que cada símbolo quer dizer. Acima, o Cubo de Metraton, o mais venerável e poderoso dos anjos. Um serafim de 1ª Ordem ou Esfera, que chamamos de Anjo Supremo.)

Há ainda a figura do Anjo da Guarda, que é criado por Deus para acompanhar cada ser humano (como a cultura popular assim determinou), protegendo-o e inspirando-o pelo bom caminho.


A Primeira Esfera


É formada pelos seres mais luminosos e sábios já criados. Eles cooperaram com Deus na formação e desenvolvimento do Universo. A partir de textos egípcios, maçônicos e cabalistas, acredita-se que surgiram a partir do primeiro som produzido pela boca de Deus. Uma canção os fizeram ter vida. E cada um deles possui uma vibração distinta no estudo cabalístico. 

1a - Serafins

Na ordem mais elevada, eles circundam o Trono Sagrado e são os guardiães do reino celeste. Por sua humildade e pronta servidão, encontram-se muito perto do Criador. 

(Maat, Deusa egípcia da Justiça, era quem pesava os corações dos homens no Salão das Duas Verdades para que fossem até Aru ou Campo dos Juncos. Os egípcios foram os primeiros a darem asas aos deuses e, por associação, os hebreus quando habitaram no Egito absorveram essa identificação do divino e espiritual. Cabalisticamente, as Asas, como ocorrem com Maat representavam a Justiça e a Verdade. Quanto mais asas um anjo tiver, mais elevada é sua Justiça e, portanto, mais perto de Deus ele estará.) 

O nome deste grupo vem do hebreu Seraph (queimar), por arderem no amor a Deus. 

1b - Querubins 

São anjos de grande conhecimento e, por isso, guardiães e mensageiros dos mistérios divinos.


(Acima, um fragmento de um dos documentários mais legais sobre este tema: The Exodus Decoded, 2006, Simcha Jacobovici instiga nossa imaginação com pesquisas interessantes sobre como seria a Arca da Aliança. Como bom judeu, ele sabia que os Querubins da Arca jamais assemelhavam-se a homens. Dirigido por James Cameron, sim, o mesmo que roteirizou e dirigiu Titanic, nos leva a uma viagem muito, mas muito interessante mesmo, ao antigo Egito. Documentário disponível para os assinantes do Netflix , assistam!) 

Por receberem a beleza e luz que vem do Criador, são como refletores que transmitem sabedoria às demais ordens de anjos. 

1c - Tronos 

Eles refletem a grandeza de Deus e garantem, com os demais anjos da primeira esfera, a solidez e a segurança do poder divino. 

É por meio deles que os anjos das ordens inferiores percebem a onipotência divina.


(Os Anjos, um documentário do Discovery Channel de 2010 mostra o imaginário popular desses seres que incita nossa curiosidade.)



Continua...


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