(O tipo de anjo mais popular é o Anjo da Guarda, o qual não existe de fato no estudo da Angeologia cristã. Esse atributo do anjo é cabalístico, o qual ensina que um Servo do SENHOR guarda os filhos de um homem que seja bom e servidor da Torá. Jesus ensina que essa proteção independe da fé. De fato, toda a natureza é guardada, por um determinado tempo, por Servos que cuidam de seu desenvolvimento. É uma energia inteligente que garante a vida, crescimento e seu mínimo desenvolvimento.)
Com o decorrer do tempo, e com a absorção de outras culturas teológicas europeias por meio das missões católicas evangelizando o continente, ter uma ideia de um protetor pessoal fora algo bem aceito entre os novos adeptos cristãos.
Enquanto, os muitos povos celtas cultivavam a ideia de fadas e gnomos serem os guardiões de casas, campos e lareiras, os missionários cristãos chegaram com uma doutrina ainda mais interessante: seres alados, gigantes e poderosos, que podem te proteger de ataques, acidentes e prejuízos. Não tinha como essa ideia não seduzir os pobres celtas...
(Sininho (Tinker Bell, trad.: sino tocador ou guizo) é a fada mais famosa de nossa cultura moderna. Eternizada pelas animações dos estúdios da Disney, ela tenta reavivar a memória dos habitantes do hemisfério norte, desse ser de luz suave, que habitava as florestas e jardins e, que se manifestava num perfume ou vento... As fadas são seres da mitologia celta que povoaram a mente dos habitantes europeus. Elas faziam tanto o bem quanto o mal. Seres divertidos, podiam esconder até recém nascidos. Foram responsáveis por levar o corpo do Rei Arthur para Avalon, e guardá-lo até que o mundo seja justo o suficiente para este Alto Rei retornar. Demonizadas pelos missionários católicos, até hoje são vistas como devaneios de pessoas ignorantes. As fadas eram os anjos para os povos celtas, uma energia que preservava a natureza de todas as coisas... Acima, trailer O Segredo das Fadas, 2012, o qual os Estúdios Disney utilizaram técnicas de animação e efeitos especiais de última geração para dar texturas, brilhos e movimentos mais naturais aos personagens digitais.)
Mas a teologia cristã nunca ensinou isso... Na verdade essa doutrina se apoia no que Jesus disse aos discípulos, quando estes afastavam as crianças dele...
"Vede, não desprezeis qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus veem incessantemente a face de meu Pai celeste. Porque o Filho do homem veio salvar o que estava perdido..."
Evangelho de São Mateus 18:10
Contudo, Jesus estava se referindo a uma doutrina da Cabala, um segmento místico do judaísmo, que ensinava que a todo buscador das revelações, com tempo e dedicação poderia ter, ele mesmo, um servo dos céus à sua disposição durante toda a sua vida. Enquanto criança, essa presença seria limitada até os 8 anos do infante, quando o mesmo, adquirindo sua consciência, perdia essa proteção gradativamente...
(Para uma pessoa comum, essa proteção só é possível se o Mestre da Esfera de atuação assim desejar em sua sabedoria. Infelizmente, nem todos podem usufruir desse cuidado espiritual, pois não sabem invocar esses seres. Em Cerimônias Mágicas invocamos Emrudue e seus exércitos, um forte e prestativo guardião da Esfera da Lua, que protege a vida, família e bens materiais dos servidores da Grande Fraternidade Branca.)
Por isso, para um adulto, no conceito cabalístico, ter uma presença angélica, só com uma vida de muita dedicação espiritual e mística.
Segunda Esfera
2a - Domínios ou Dominações
Apesar de não estarem na primeira esfera, a proximidade dá aos Domínios também a função de guardar o reino celeste.
Os anjos de ordens inferiores submetem-se a eles. Assim, Deus exerce seu "domínio" sobre o mundo por meio desse coro.
2b - Virtudes
São anjos que passam aos demais coros as ordens de Deus. Eles auxiliam na execução perfeita das tarefas removendo obstáculos e dificuldades que impeçam o cumprimento da vontade divina.
2c - Potestades ou Poderes
Eles têm uma função muito parecida com a esfera das Virtudes. Também transmitem aos outros coros quais são os desígnios de Deus e qual a melhor forma de executá-los.
(Na década de 70, inesperadamente, os temas de fadas e anjos ressurgem nos Estados Unidos por meio de uma publicação pirata vinda da Inglaterra. Era um livro que seria o ícone de um momento histórico entre a Guerra do Vietnã e os movimentos pelo respeito à vida, à natureza e à igualdade sexual. Em meio a tanto LSD, O Senhor dos Anéis, um mundo mítico criado pelo célebre professor universitário de Oxford, J.R.R. Tolkien, não ficou despercebido. Numa obra que levou mais de 10 anos sendo escrita, Tolkien tentou explicar em sua mitologia, o porquê os celtas acreditavam em Fadas e Gnomos, e como eles deveriam ser. Em sua visão, esses seres não eram pequenos, mas altos, sábios e furtivos, por isso a ideia de serem pequenos ou invisíveis. Em seus estudos mitológicos e teológicos, Tolkien acreditou que houve uma Era de Ouro entre a humanidade, no qual seres mais inteligentes habitaram conosco ensinando-nos a sermos humanos.)
Apesar de estarmos colocando essas entidades em níveis e classificações numéricas e alfabéticas, eles não são seres com graus de importância ou poderes inferiores ou superiores entre si. Essa divisão é apenas didática. Todos os anjos são importantes e, dependendo de uma determinada situação, são mais poderosos que seus companheiros mais próximos de Deus, pois dominam e tem autoridade total em sua própria esfera de atuação.
Continua...