(Confeccionar uma mandala pode levar meses e até anos.)
Não se sabe ao certo quem a criou.
Sua origem se perde no tempo, mas é certo que muitos povos primitivos já a utilizavam em seus rituais.
A palavra mandala deriva do sânscrito e quer dizer "círculo".
(Mandala em sânscrito quer dizer "círculo" e este espaço é o universo mental do meditador.)
Trata-se de uma representação geométrica do universo, um rico diagrama composto de círculos, quadrados e triângulos em torno de um ponto central que representa e início de tudo.
Seu uso como instrumento de meditação, para despertar graus elevados de consciência, a tornou difundida no Ocidente.
Além de fazer bem aos olhos, ela tem a propriedade de conduzir nosso olhar sempre de volta para o centro.
(Antes de espalhar as contas, sementes ou pedras, é necessário fazer um planejamento minucioso onde o projeto deve cumprir circunferências perfeitas. A paciência, o companheirismo, o uso da lógica, o foco e a concentração, tudo isso, já é a meditação em si mesma.)
Por analogia, possui o poder de fazer com que nos voltemos para o nosso ser interior.
Carl Gustav Jung descobriu que desenhar, pintar e sonhar com mandalas é parte natural do processo de autoconhecimento e individuação.
(Jung compreendeu que os sonhos com alguns elementos e formas geométricas, nada mais eram que a consciência do indivíduo querendo desabrochar, como ocorreu com ele mesmo, ao sonhar com uma escadaria em forma de caracol a qual ele descia cada vez mais fundo numa enorme escuridão interior...)
Ainda hoje, os monges budistas do Tibete cultivam a tradição de fazer grandes mandalas com milhões de grãos de areia colorida, um paciente e delicado trabalho que pode estender-se por meses.
Depois de finalizada, os monges a destroem.
(Após um trabalho que levou longos e pacientes meses, os monges, numa cerimônia, destroem a mandala, simbolizando que tudo é transformação, renovação, transmutação e transcendência...)
E a mandala, que era feita com objetos da terra, à terra retorna.
A sua destruição simboliza o desapego com as coisas terrenas, a impermanência da vida...
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