O termo Paganismo é utilizado para identificar uma série de tradições religiosas marcadas pela devoção à natureza e pela crença em vários deuses.
Nesse sentido, não tem nenhuma relação com a imagem negativa propagada pelo Cristinaimisno que, definia como pagãos todos aqueles que não acreditavam no Deus Único da Bíblia e não eram batizados.
Essa visão tomou força a partir do século 4, quando o Cristinanismo passou a ser a ser a religão oficial do Império Romano.
(Encontro de Druidas da Inglaterra em Somerset, no antigo Stonehenge, palco de encontros ancestrais onde a adoração ao Sol marcava o início do ano dos camponeses)
As origens do Paganismo remontam a pré-história, quando diversos povos em todo o mundo começaram a praticar rituais em louvor à natureza. Para eles, a Terra era sagrada, e os elementos naturais eram associados a vária divindades.
(Vênus de Millus, é uma representação pré-histórica dos antigos habitantes europeus. A estátua está associada a cultos de fertilidade onde o sexo e a natureza comungavam durante o ano celebrações específicas dentro da comunidade)
Assim, havia o deus do Sol, a deusa da Lua, o deus do fogo, o deus da primavera, entre outros.
O planeta Marte, por exemplo, era o deus romano da guerra e da agricultura, e Urano, para os gregos, regia o céu.
Em homenagem aos deuses e para marcar os ciclos da natureza, eram realizados sacrifícios, oferendas e festivais.
(Como todo culto onde a natureza é apreciada, ela é cara e dispendiosa, principalmente para um povo que passava por fomes cíclicas... Separar alimentos ritualísticos em detrimento da família, foi uma escolha difícil para os pagãos que deixavam sua antiga religião para trás...)
Foi com a consolidação da ideologia cristã e o consequente enfraquecimento de vários desses cultos, que chegaram a ser proibidos, que a palavra pagão (do latim paganus, que significa homem do campo) passou a rotular, de forma pejorativa, todas as pessoas que não professavam o credo oficial.
A religiosidade camponesa manteve-se, em sua maioria, fiel às crenças ancestrais. Assim, reforçou-se a oposição entre o camponês, considerado rústico, e o habitante da cidade, tido como civilizado, bem como a associação entre campo e Paganismo.
(O catolicismo repete vários instrumentos ritualísticos pagãos como a taça, o graal celta; o prato, das oferendas gregas; e o pão, onde sua primeira aparição é encontrada nos cultos egípcios a Osíris)
Apesar de combatidas, várias manifestações pagãs foram abvsorvidas pelo Cristianismo. A música, por exemplo, comum nos rituais pagãos e, inicialmente, proíbida nas igrejas, passou a fazer parte da liturgia.
O mesmo ocorreu com as festas em homenagem aos mortos, frequentes entre os pagãos.
Outro exemplo desse sincretismo são as festas juninas. O solstício de verão dia mais longo do ano no hemisfério norte (22 ou 23 de junho), marcava o ápice das festas pagãs dedicadas às colheitas. A partir do século 6, com a indicação de 24 de junho como dia de São João, as comemorações pagãs passaram a se confundir com as cristãs.
(O Dia do Orgulho Pagão é comemorado em todo mundo numa tentativa de trazer a liberdade religiosa e a tolerância entre as crenças)
Atualmente, o Neopaganismo, como se denomina o Paganismo moderno, tenta resgatar os antigos cultos da terra.
É um movimento que engloba religiões que têm em comum o respeito e a reverência pela natureza.
Em geral, , as crenças neopagãs, como a Wicca e o Xamanismo, não tem livros sagrados, dogmas ou hierarquias rígidas. Os adeptos desse movimento rejeitam as doutrinas estabelecidas e buscam as respostas para as questões existenciais, como a morte, nas tradições ancestrais.
A natureza é considerada uma divindade, e o contato com ela não passa pela interferência de uma igreja ou de uma classe sacertodal.
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