quinta-feira, 18 de julho de 2013

Quem são os Faquires?




Quando se fala nos lendários faquires, a primeira imagem que vem à cabeça de todos  é a mesma: indivíduos magérrimos que vivem na mendicância e executam feitos sobre-humanos, como deitar em uma cama de pregos, caminhar sobre brasas ardentes ou se pendurar por ganchos – tudo isso sem demonstrar o menor sinal de dor.

(Um Sadhi ou Santo para o hinduísmo)

Porém essa noção estereotipada esconde o significado espiritual por trás das práticas  extraordinárias dos faquires, considerados homens santos nas doutrinas islâmicas e hindu.

A palavra faqir vem do árabe, que significa pobre.


No Sufismo, a vertente mística do Islã, o termo refere-se aos devotos que vivem num ascetismo rigoroso, o que muitas vezes inclui privações tais como passar semanas sem comida ou água.

O faquir é um indivíduo que tem consciência de que o ser humano não é eterno e não possui nada, nem o próprio corpo.


Há diversas linhas de faquires, e cada ordem sufi se diferencia pela ênfase que dá às práticas ascéticas.

Para os muçulmanos, os severos exercícios levam a um estado de êxtase em que o faquir não sente dor, pois o metabolismo de eu corpo é alterado pelo arrebatamento espiritual.


E o fiel, que consegue alcançar esse estado de graça tem status parecido com o de um santo.

Mas, apesar da origem muçulmana, os faquires são muito comuns também no Hinduísmo. Aliás, foram justamente os ascetas hindus os responsáveis pela consolidação dessa aura lendária que os cerca.


Na Índia, não faltam histórias fantásticas acerca desses homens. Como o de um faquir que no século 19, foi enterrado vivo por dois meses e sobreviveu – ao ser retirado da tumba, rapidamente recuperou-se e saiu andando.

Demonstração cabal do poder do espirito?

Meros truques baratos que se tornaram folclore?

Dúvidas à parte, uma coisa é certa: os faquires permanecem há milênios como um dos mistérios que cercam o mundo da fé.

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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Templários, os Cavaleiros de Deus - Parte 3

O Fim Trágico

Por ironia do destino, seriam sua imensa fortuna, seus segredos e seu excessivo orgulho as causas do trágico fim da Ordem do Templo.

(Felipe, o Belo, rei da França e os prisioneiros templários)

Endividado com a ordem o soberano francês Felipe, o Belo, viu na dissolução dela a oportunidade ideal para se apropriar de seus bens.

(Uma das muitas construções dos templários espalhadas numa Europa pobre em meados de 1300)

Não foi difícil armar o golpe.

Para muitos, era chocante saber que a Terra Santa havia sido perdida, enquanto os templários, seus defensores por excelência, esbanjavam riqueza.

(Templários modernos)

Boatos sobre os rituais secretos da ordem também não faltavam. Finalmente, o papa Clemente V, seu maior protetor, era basicamente um refém do soberano francês em Avignon, sede do papado naqueles tempos.



(A terrível criatura que somente os não-iniciados temem, por não entenderem a simbologia e ensinamentos por trás do ícone)

 ("Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule" - canta o mestre de cerimônia, e nós respondemos: "É número de homem!")


Assim, no dia 13 de outubro de 1307, Felipe, o Belo, deu ordem de prisão aos templários em todo o território francês, sob acusação de múltiplas heresias, dentre elas a sodomia, a adoração de um misterioso ídolo chamado Bafomé (talvez uma corruptela do nome Maomé), a negação da cruz no ritual de iniciação e o “beijo obsceno” de consagração, dado nos genitais e no ânus dos companheiros da ordem.

A princípio, o papa protestou.

(Anel de adesão da ordem somente usado nos momentos de rituais hoje em dia)

Mas depois preferiu sacrificar essa ordem para poupar as demais. Ele arrancou de Felipe II a promessa de que os bens dos templários iriam para os hospitalários.

(Cremação dos templários, iluminura medieval)

Após quase três anos de torturas e julgamentos, em maio de 1307, 44 templários foram queimados como hereges reincidentes. Milhares de outros membros da ordem assinaram sua confissão como hereges e foram perdoados.

(Calabouço medieval, este é do Castelo de Praga)

Os que se negaram a admitir as acusações apodreceram nos calabouços.




O último grão-mestre da ordem, Jacques de Molay, foi queimado em 18 de Março de 1314, após confessar e depois negar os crimes a ele imputados.

Reza a lenda que, antes de ser imolado, Molay teria dito ao papa e ao rei da França que os esperava, ainda naquele mesmo ano, para comparecer junto ao tribunal de Deus.

(Local da morte de De Molay, onde reside um silêncio tenebroso até nossos dias)

Coincidência ou não, Clemente V faleceu em 20 de Abril, pouco mais de um mês após a morte de De Molay, e Felipe, o Belo, em 29 de novembro do mesmo ano, num acidente durante uma caçada.



Atualmente, existe um consenso geral entre os historiadores modernos de que os templários não eram culpados das heresias que lhes foram atribuídas.

(In Memorian ao Maçom Alberto Mansur, um dos templários no Brasil falecido em 2012)

E, ao contrário de serem consumidos pela fogueira da Inquisição, os ideias dos templários mantiveram-se vivos ao longo dos séculos seguintes.

Paradoxalmente, seu fim tão dramático provou-se uma potente fonte de mitos, de modo que pode-se afirmar que, na mente de muitos cristãos, o ideal do Templo permanece vivo até hoje.


Fim.:.


Referências Bibliográficas

Livros

As Cruzadas Vistas pelos Árabes, de Amin Maalouf, ed. Brasiliense, 1988.

A History of the Order o the Temple, de Malcolm Barber, Cambridge University Press, 1994.

Os Templários, de Piers Paul Read, ed. Imago, 2000.

Site

http://www.the-orb.net/encyclop/religion/monastic/milindex.html 

Filme

Cruzada (Kingdom of Heaven), dir. Ridley Scott, distr. 20th Century Fox, 2005.

Documentários





terça-feira, 2 de julho de 2013

Qual a importância da Genealogia para os Mórmons?


O interesse pelos antepassados dentro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias está relacionado a um dos pilares da religião: a crença na eternidade da família.

Eles acreditam que todos já viviam antes do nascimento na Terra e continuarão a existir mesmo após a morte física. Os laços criados no relacionamento familiar são eternos, acreditam.


De acordo com os adeptos, a importância de preservar a ligação com os ancestrais está explícita em trechos do Livro dos Mórmons, obra considerada sagrada no credo.


A convicção de que a morte não separa um ente de seus antepassados estimula até uma antiga cerimônia – o batismo vicário: no ritual, fiéis são batizados em nome dos familiares não mórmons já falecidos.


Segundo creem, assim viverão eternamente numa grande família. A Igreja valoriza tanto o assunto que é dona do maior acervo genealógico do mundo, localizado em Salt Lake City, nos Estados Unidos.

(Centro da História da Família em Sal Lake City - EUA, onde qualquer pessoa poder fazer uma pesquisa genealógica gratuita)

São milhões de rolos de microfilmes que totalizam impressionantes 18 bilhões de registros de documentos com nome, data de nascimento, casamento e falecimento de pessoas de todo o mundo.

(Sede Mórmon em Campinas-SP onde pode-se acessar o banco genealógico no Brasil, conhecidos também como SUD)

Os dados foram copiados e ficam à disposição para consulta nos 4.700 Centros de História da Família mantidos pela Igreja em vários países – no Brasil há mais de 200.

Quer saber mais? 
 


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Aranel Ithil Dior. Tecnologia do Blogger.

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