(Este prédio foi onde meus pais e irmãos participamos desde a chegada deles em 1969 à São Paulo. Por todo tempo em que meu pai esteve vivo até seu falecimento em 1988, ele assumiu seu cargo aqui . Décio e Fernando ainda participam dos encontros e palestras, e eu, apenas quando vou à São Paulo no final de cada ano. Isabelle e eu passamos nosso natal juntas com nossos fraternos, amigos e companheiros, que estudamos juntos e crescemos. Acima, Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo - GLESP, do Bairro da Liberdade, uma das mais antigas do Brasil, com seus 184 anos de existência.)
O primeiro grupo social com o qual o bebê tem contato é a família, e ela se torna toda a referência da infância desse indivíduo.
Quando o assunto é Religião, as crianças costumam repetir o que os pais fazem. Os pais transferem aos filhos suas experiências intrínsecas religiosas no dia-a-dia e de como enfrentam seus dramas nos vários setores de sua vida, sejam esses dramas intensos ou não.
O primeiro contato com o templo pode vir na fase da "algazarra" - em que a garotada corre de um lado para o outro, impaciente, sem entender o que ocorre.
Deve-se sempre explicar e tranquilizar os pais que a "bagunça" das crianças é boa! Eles devem levá-las, seja numa mesquita, templo, igreja, salão, exatamente, para que elas se acostumem com o ambiente, e fiquem à vontade para criarem amor pelas liturgias.
Algumas religiões como a Umbanda e o Budismo, oferecem espaços próprios para os pequenos nessa fase, onde são desenvolvidas atividades educativas, mas também acolhem os pequenos nas celebrações.
Na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias já nessa fase, as crianças participam do sacramento, espécie de comunhão, em que pão e água simbolizam a presença de Jesus Cristo.
Quando chegam aos 5, 6 anos, começa a haver um entendimento relativo do que ocorre à volta.
Com a presença do sagrado em seu imaginário, já sabem quando devem respeitar o silêncio e repetem os gestos paternos, como o sinal da cruz e o gasho (reverência budista de mãos juntas).
A criança deve fazer tudo o que o adulto faz, pois precisa se habituar. Mas é uma fase de treinamento para o grande espetáculo da sua vida, que começa na adolescência, quando já são capazes de assumir a responsabilidade por seus atos e suas escolhas.
Se a criança não quer participar, porém, ela está num desvio e é a missão dos pais e participantes mais antigos do seguimento religioso mostrar os caminhos certos para que a prática religiosa se torne mais agradável e salutar.
A mestranda Milena Gusmão chama atenção para o perigo do autoritarismo da fé, postura ainda muito comum entre pais e líderes religiosos:
"Não se pode obrigar a criança a ir ao centro espírita ou a participar de escolinhas de evangelização. Isso pode criar uma rejeição mais tarde. A religião deve atrair, convencer, tocar a alma do indivíduo e jamais ser imposta."
Se a religião está no dia-a-dia da família, a vontade de participar será natural, porque ela vê essa naturalidade em seus pais.
A criança está em processo de formação e não tem todos os recursos para tomar decisões... Ela depende dos adultos para isso. O importante é que a criança seja educada para ter sensibilidade para o mundo da fé, desenvolvendo de forma estruturada seu misticismo e espiritualidade.
Continua...
Deve-se sempre explicar e tranquilizar os pais que a "bagunça" das crianças é boa! Eles devem levá-las, seja numa mesquita, templo, igreja, salão, exatamente, para que elas se acostumem com o ambiente, e fiquem à vontade para criarem amor pelas liturgias.
(Acima, igreja de Nossa Senhora do Carmo no Bairro da Liberdade em São Paulo, igreja que minha mãe fez questão de participar até meses antes de seu falecimento em 28 de Março de 2009. Ali, foram entregues ao pároco Salum Botelho seu terço e sua Bíblia, como sinal de devoção e um de seus últimos desejos. A Gráfica Manager que era do meu pai ficava a poucos metros dessa rua e quando tínhamos que ir até lá, minha mãe e seus filhos sempre entravam e ela rezava.)
Algumas religiões como a Umbanda e o Budismo, oferecem espaços próprios para os pequenos nessa fase, onde são desenvolvidas atividades educativas, mas também acolhem os pequenos nas celebrações.
Na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias já nessa fase, as crianças participam do sacramento, espécie de comunhão, em que pão e água simbolizam a presença de Jesus Cristo.
Quando chegam aos 5, 6 anos, começa a haver um entendimento relativo do que ocorre à volta.
Com a presença do sagrado em seu imaginário, já sabem quando devem respeitar o silêncio e repetem os gestos paternos, como o sinal da cruz e o gasho (reverência budista de mãos juntas).
(É engraçado, mas o líder religioso ou os pais não podem permitir que seus filhos ou pequenos adeptos sejam levados a esse tipo de estresse ou cansaço... Acima, criança budista, tentando, cumprir suas rezas...)
A criança deve fazer tudo o que o adulto faz, pois precisa se habituar. Mas é uma fase de treinamento para o grande espetáculo da sua vida, que começa na adolescência, quando já são capazes de assumir a responsabilidade por seus atos e suas escolhas.
Se a criança não quer participar, porém, ela está num desvio e é a missão dos pais e participantes mais antigos do seguimento religioso mostrar os caminhos certos para que a prática religiosa se torne mais agradável e salutar.
(Apresentação de Sophia Santos em sua Igreja. Será que isso não é muito precoce? De qualquer forma, se a criança estiver participando, se divertindo, e na presença de seus pais, então, é válido.)
A mestranda Milena Gusmão chama atenção para o perigo do autoritarismo da fé, postura ainda muito comum entre pais e líderes religiosos:
"Não se pode obrigar a criança a ir ao centro espírita ou a participar de escolinhas de evangelização. Isso pode criar uma rejeição mais tarde. A religião deve atrair, convencer, tocar a alma do indivíduo e jamais ser imposta."
Mestranda e professora Milena Gusmão
Se a religião está no dia-a-dia da família, a vontade de participar será natural, porque ela vê essa naturalidade em seus pais.
A criança está em processo de formação e não tem todos os recursos para tomar decisões... Ela depende dos adultos para isso. O importante é que a criança seja educada para ter sensibilidade para o mundo da fé, desenvolvendo de forma estruturada seu misticismo e espiritualidade.
Continua...