(Acreditar que é a fidelidade a Deus que move as guerras no passado ou atualmente, é um grande equívoco, aonde na verdade imperam desejos secretos e ambições humanas das mais estranhas formas...)
A defesa dos valores desta ou daquela religião pode servir de pretexto para confrontos graves, mas não é o principal motivo das guerras em nome da fé.
Todo conflito esconde muitos fatores, principalmente, socioeconômicos e étnicos.
Há dois tipos principais de guerras religiosas: no primeiro se enquadram os conflitos políticos ou étnicos. É o caso da briga, sempre atual, entre judeus e árabes pela ocupação da Terra Santa - na raiz das desavenças entre a Palestina e o Estado de Israel está uma questão política e territorial mal resolvida desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
(O sequestro dos jovens israelenses: Naftali Frenkel, Gilad Shaer e Eyal Yifrach desaparecidos em 12 de junho de 2014, os corpos foram encontrados, e o crime atribuído ao grupo Hamas.)
A tensão entre católicos e protestantes na França no final do século 16 também é um exemplo de guerra motivada pela política.
Narrado pelo escritor Alexandre Dumas no romance A Rainha Margot, de 1845, o massacre da Noite de São Bartolomeu provocou o exterminio de milhares de protestantes.
(O conflito do dia de São Bartolomeu foi mais um dos momentos da humanidade onde o ódio superou em muito, a razão e o bom senso, onde milhares de mortes, muitas delas ocorridas pela fome, roubo e oportunismos, aconteceram numa França prostituída por uma política onde a Coroa já estava derrotada e falida há muito tempo...)
(Filme Rainha Margot, aonde há uma tentativa em mostrar o que aconteceu na noite fatídica de São Bartolomeu em 1845. Há algumas discrepâncias históricas, mas no geral, o filme é razoavelmente interessante...)
O episódio nasceu de intrigas palacianas para definir quem ocuparia o trono.
A mãe do rei Carlos IX, Catarina de Médicis, buscou apoio da nobreza católica romana para atiçar os protestante, que desejavam a coroa. Provocados, eles se rebelaram e forneceram a jusfiticativa para que o rei, orientado por sua mãe, ordenasse um massacre que se estenderia pelos meses seguintes.
(A ambição de homens inescrupulosos, tanto da Nigéria, quanto estrangeiros ricos de outros países, fomentam ainda mais as diferenças religiosas como uma desculpa perfeita para ascensões e quedas de poderes políticos nigerianos.)
(O filme Diamante de Sangue, traz de forma realística o drama vivenciado pelos países africanos onde as riquezas naturais como diamentes e ouro, são as reais alavancas das guerras civis africanas.)
Na segunda categoria das guerras pela fé entrariam as disputas em que predomina a questão econômica. A Nigéria, por exemplo, possui imensas riquezas minerais. E a cobiça pelos recursos alimenta a tensão entre cristãos e muçulmanos.
As investidas do governo norte-americano contra o Iraque foi outro exemplo.
Com a justificativa de estabelecer a paz no Oriente Médio, os Estados Unidos garantiram a produção de petróleo na região.
(O conflito entre os EUA e o Iraque existe desde 1993, mas intensificou-se em 2001 onde a queda das Torres Gêmeas proporcionou a desculpa perfeita para o domínio americano do mercado petrolífero. As consequências após 10 anos de conflito, ainda não acabaram, e o ódio e as diferenças culturais e étnicas ainda são um barril de pólvora mundial.)
(O filme Zona Verde, mostra de forma magistral, e com uma performance maravilhosa de Mathew Damon o background das reais motivações da guerra entre Iraque e EUA. Assistam ao filme!)
Tudo isso, claro, com base num ressentimento não assumido contra o Islamismo. Forma-se, então, um círculo vicioso em que opressor e oprimido se confundem e alimentam o ódio um do outro.
Para outros estudiosos, contudo, a religião atua como mero coadjuvante dos conflitos.
Na verdade, as causas religiosas não existem.
Isso virou um clichê, pois os credos não pregam a guerra, em si mesmas... Com exceção, claro, dos movimentos fundamentalistas, que interpretam a doutrina ao pé da letra com o objetivo de estimlar a violência, fazendo com que textos sagrados escritos há milênios sirvam de justificativa para atrocidades em nome da fé...
Isso virou um clichê, pois os credos não pregam a guerra, em si mesmas... Com exceção, claro, dos movimentos fundamentalistas, que interpretam a doutrina ao pé da letra com o objetivo de estimlar a violência, fazendo com que textos sagrados escritos há milênios sirvam de justificativa para atrocidades em nome da fé...
Continua...
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