(Grupo arreligioso surgido em 2004 nos Estados Unidos e que hoje já ocupa uma representatividade expressiva em universidades e centros urbanos como mais uma forma de experimentar e vivenciar uma alternativa espiritual: O ser não-espiritualizado.)
É um grupo que, segundo seus criadores, reúne todos aqueles cuja visão de mundo é naturalista, isto é, livre de elementos místicos ou sobrenaturais.
(Paul Geisert, professor universitário e...)
De acordo com os americanos Paul Geisert e Mynga Futrell, ambos ex-professores universitários e fundadores do movimento, os brights agrupam desde ateus, agnósticos e céticos até livres-pensadores e materialistas radicais.
(...Mynga Futrell, professora universitária. Ambos lutam pela liberdade de não acreditar em nenhum Deus, afinal, não existe nenhuma prova científica e lógica que tal entidade exista.)
Criada no início de 2003, na Califórnia, nos Estados Unidos, a associação nasceu do descontentamento de ambos em relação ao rótulo dado aos não religiosos: a alcunha godless (descrentes, em inglês).
Para minimizar os preconceitos existentes na palavra, foi criado o neologismo bright - uma referência ao adjetivo homônimo, que em inglês significa "brilhante, inteligente".
(Site na Web onde você pode encontrar os conceitos para ser um Bright, acessado por mais de 40 países diariamente.)
Em vez de se apoiarem em doutrinas, símbolos ou templos, os brights pregam a supremacia da ciência e da razão na hora de explicar os fenômenos naturais e os mistérios da existência, como de onde viemos e para onde vamos após a morte.
Eles buscam ser humanistas em relação à moral e, pragmáticos no dia a dia, usando a ciência para explicar a vida.
O objetivo do grupo, que tem ganhado repercussão com matérias publicadas nos principais jornais americanos, como o The New York Times, é identificar o tamanho desse "rebanho brilhante".
(Uma campanha Britght nos jornais e revistas americanos com um trocadilho que diz: "Tema esse cara, ele estaria melhor se deixasse seus faróis desligados".)
Feito isso, e comprovada sua dimensão - calcula-se que mais de 20 milhões de americanos não sigam nenhuma religião -, a presença dos naturalistas seria reconhecida sem preconceito pela sociedade, reforçando, assim, sua importância política e a necessidade de separação entre a Igreja e o Estado.
Combater essa união já era uma questão presente durante a Revolução Americana, no fim do século 18. O surgimento dessa organização pode ser uma reação direta ao crescimento dos movimentos religiosos nos EUA, num período em que o último presidente usou a religião para justificar uma guerra.
(A revolução americana que lutou, dentre outras coisas, por fazer uma separação distinta entre a Igreja e o Estado; mas ao mesmo tempo utópica e hipócrita, afinal a maçonaria e os puritanos, assinaram a Constituição e permearam o Estado de símbolos e mensagens com seus posicionamentos espirituais.)
Ser uma voz ativa na sociedade é um modo de chamar para si a responsabilidade de consertar as tolices do homem, já que não há um Deus que traga a salvação, dentro do cerne desta crença.
Apesar de nova, em breve a organização poderá ter um grande número de adeptos em todo o mundo, uma vez que a ideia de separação entre fé e o Estado, assim como o da primazia da ciência sobre o espírito, não conhece fronteiras.
Em cerca de um ano, por exemplo, o site do grupo foi contatado por brights de mais de 40 países, incluindo o Brasil.
Isso contudo, não quer dizer que eles tenham força. Com o tempo, iniciativas como essa tendem a enfraquecer. Entretanto, até isso ocorrer, com certeza, muita polêmica será levantada sobre o tema...
.:.
0 comentários:
Postar um comentário